Apesar de ainda não se encontrar disponível no mercado, foi ontem revelado que o software para a Web da Microsoft já se encontra na mira dos programadores de vírus informáticos, tendo sido já descoberto um desses códigos maliciosos. A prova de que existe realmente um vírus foi enviada por um indivíduo de nacionalidade checa a vendedores de anti-vírus, para que estes pudessem desenvolver uma solução em conjunto com a Microsoft.




O denominado W32/Donut tem como alvo os ficheiros executáveis criados para a tecnologia de serviços Web da Microsoft .NET, sob a qual o software estará disponível online como serviço destinado aos utilizadores de todo o tipo de dispositivos electrónicos. Contudo, o perigo real deste vírus, segundo informações citadas pela agência de notícias Reuters, não é muito significativo, já que o software .NET ainda se encontra actualmente em fase de testes.



Embora o vírus não se propague através do correio electrónico ou motores de busca, pois para infectar outros ficheiros requer que alguém guarde o ficheiro infectado no disco rígido de um computador, demonstra claramente o interesse que a .NET está a desencadear entre os programadores de vírus.

Segundo a Symantec, estes pretendem descobrir como funciona aquela que será, provavelmente, a arquitectura mais utilizada em sistemas. Na opinião de Craig Schmugar, engenheiro de pesquisa de virus na Network Associates, citado pela Reuters, é muito natural que isto venha a acontecer já que os serviços Web da Microsoft irão fornecer uma via fácil para a propagação de códigos perigosos.



Schmugar chama atenção para o facto de se tratar de uma arquitectura baseada no melhor suporte para transmitir vírus, ou seja, a Internet. De salientar que um vírus semelhante foi detectado na terça feira e que se dirigia aos ficheiros de animação criados com o Flash, um programa da Macromedia destinado a tornar os sites na Web mais agradáveis em termos visuais.



A Microsoft tem vindo a ser criticada por vários peritos em segurança que afirmam que a empresa está a criar programas demasiado permissivos à entrada de códigos que podem afectar ficheiros ou deixar back doors abertas para futuros ataques.



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