Depois de anunciar planos para atingir a negatividade carbónica até 2030, a Microsoft revelou agora outra meta para daqui a dez anos. A gigante tecnológica pretende que as operações diretas da empresa sejam de desperdício zero, bem como os produtos e as embalagens. Enquadrado no novo objetivo da empresa, até 2030 a Microsoft garante que vai fabricar equipamentos Surface 100% recicláveis.

Numa publicação de Brad Smith, o presidente da Microsoft, no seu blog, é referido que a meta de desperdício zero é o terceiro "sprint" do plano de sustentabilidade ambiental da empresa lançada no início deste ano. O presidente da gigante tecnológica assume que as metas são ambiciosas e explica de que forma é que a Microsoft vai conseguir alcançar este objetivo em concreto.

De forma a tratar da própria criação de resíduos, a Microsoft vai reduzir quase tanto desperdício como aquele que gera, enquanto reutiliza, redireciona ou recicla resíduos sólidos, compostos, eletrónicos, e constrói e destrói resíduos perigosos. Isso será garantido através da criação dos Microsoft Circular Centers, que Brad Smith afirma que serão os primeiros a reutilizarem e redirecionarem servidores e hardware nos datacenters da empresa.

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Empenhada já há vários anos a ser mais amiga do ambiente, a Microsoft vai ainda eliminar plásticos de utilização única nas embalagens e utilizar a tecnologia para melhorar a contagem de resíduos, numa altura em que anuncia que vai fazer também novos investimentos nos fundos dos parceiros de circuito fechado. A empresa vai ainda incentivar os colaboradores a reduzirem os seus próprios desperdícios.

Até 2030, a empresa vai desviar pelo menos 90% dos resíduos sólidos para aterros dos datacenters e vai fabricar equipamentos Surface 100% recicláveis. A meta define ainda como plano a utilização de embalagens 100% recicláveis e obter, no mínimo, um desvio de 75% dos resíduos de construção e demolição para todos os projetos.

Depois de já ter apresentado o seu plano amigo do ambiente, a Microsoft anunciou um novo projeto chamado "Planetary Computer". A iniciativa consiste na recolha de dados e imagens e no processamento destes com recurso a inteligência artificial e machine learning. A ideia é chegar a insights acerca do estado do ambiente e remetê-los para organizações ambientais e governos de todo o mundo, de forma a auxiliar a tomada de medidas que ajudem a construir uma sociedade mais sustentável.