Gaia é uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA) iniciada em 2013 e criada com o propósito de localizar e catalogar cerca de mil milhões de estrelas da Via Láctea, um número que representa cerca de 1% do total de corpos incandescentes da nossa galáxia.
Contudo, a agência avança, via comunicado, que desde que começou a estudar os meandros do Universo, a missão Gaia ainda não tinha descoberto nenhum novo corpo celeste, cruzando-se e enviando informações relativas a asteroides que já se encontravam nas bases de dados dos cientistas.
Mas, ao que parece, um conjunto de novas informações enviadas pela Gaia deixou os cientistas perplexos e entusiasmados, visto que as características de alguns corpos descobertos recentemente pela sonda espacial não coincidem como nenhum dado que os cientistas já possuam. Tradução: a Gaia está a descobrir novos asteroides.
A sonda recolhe uma série de medições para avaliar os objetos com os quais vai cruzando caminho.
A título de exemplo, a ESA explica que as imagens recebidas pelo centro de controlo e comando são analisadas e compradas com outras informações obtidas anteriormente. Caso um certo objeto tenha sido “visto” pela Gaia e, numa questão de escassos momentos, tenha desaparecido do local onde tinha sido previamente avistado, então os cientistas podem concluir que não se trata de uma estrela, mas sim de um corpo com movimento, ou seja, um asteroide.
A trajetória feita por esta “rocha espacial” é depois comparada com aquelas que são realizadas por corpos que já estão registados nas bases de dados. Se existir uma coincidência, não se trata de nenhuma descoberta, o que tem sido a regra até agora.
As recentes informações enviadas pela Gaia, pela primeira vez em quase três anos, não coincidiram com nada que já tivesse sido registado, o que indica a identificação de um novo corpo celeste, primeiro batizado de “Gaia-606”, e depois de “2016 UV56”.
Este asteroide foi descoberto em outubro de 2016 e marca uma nova fase da missão da ESA, que, segundo Paolo Tanga, do Observatoire de la Côte d'Azur, em França, é agora capaz de identificar não apenas asteroides que já eram conhecidos, mas também de “caçar” novos corpos celestes nunca antes vistos.
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