Raluca Popa, investigadora do MIT, imaginou uma Internet mais segura. Uma Internet onde os dados são comunicados entre computadores e servidores de forma encriptada, sendo a informação apenas descodificada no browser dos utilizadores. Quer isto dizer que todos os sites seriam à prova de espionagem e de fugas de informação.

O conceito é já mais do que uma utopia futurista e está a ser desenvolvido com a ajuda do software de desenvolvimento Meteor. Raluca Popa lidera um grupo de cientistas que está a desenvolver esta ferramenta de encriptação, que dá pelo nome de Mylar.

Todos os dados só ficam descodificados nos navegadores de Internet e sempre que há informação enviada do ou para o servidor, isso é feito de forma encriptada. Quer isto dizer que se a NSA pedir informação a alguma empresa, essa informação está bloqueada por uma cifra de segurança.

Cada navegador tem uma password própria que ajuda a descodificar a informação. Do ponto de vista da utilização tudo funcionaria com funciona até aqui, não havendo qualquer impacto na forma como o utilizador visualiza e acede às informações.

Uma das grandes vantagens do sistema Mylar é que permite que o servidor consiga pesquisar a informação armazenada, mesmo quando esta está encriptada. "Os programadores só precisam de mudar 28 linhas de código", salienta em comunicado a investigadora a propósito da simplicidade do método.

Há ainda outra características, que para muitos poderá ser vista como perigosa, que é a de ser possível enviar informação encriptada de um computador para outro, entre os próprios utilizadores, como se se tratasse de Bitcoins ou de um serviço de Peer 2 Peer.

O sistema está para já a ser testado num hospital norte-americano e se o período de testes for bem sucedido, o Mylar será mais abrangente nas suas aplicações. Até ao momento a equipa de Raluca Popa já conseguiu criar um calendário, um serviço de partilha de fotos e outro de messaging com base no sistema de encriptação.


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