A quantidade de séries de TV, filmes, documentários, desporto e outros conteúdos continua a crescer na plataforma Netflix. E nem sempre é fácil encontrar recomendações que estejam de acordo com os gostos do utilizador. A gigante do streaming pretende melhorar a experiência dos seus clientes e já está a testar um novo motor de pesquisa com base em inteligência artificial da OpenAI, responsável pelo ChatGPT.

Segundo a Bloomberg, o sistema está em testes na Austrália e nova Zelândia, antes de começar a chegar a outros países e territórios. O motor de pesquisa com IA permite procurar conteúdos com termos mais específicos, não apenas pelo nome ou género, mas o estado de espírito do assinante, listando recomendações.

Para já, os testes estão limitados à aplicação do Netflix para iOS e segundo a empresa, os testes chegam em breve aos Estados Unidos e outros mercados. O novo sistema de pesquisa terá de ser ativado, sendo uma opção dos utilizadores em testá-la ou não.

Netflix prevê aumento nos gastos com conteúdos e quer investir 16.700 milhões de euros em 2025
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Não é a primeira vez que a Netflix utiliza inteligência artificial e machine learning na plataforma de streaming, para aprender os gostos dos utilizadores e aplicar recomendações baseado no histórico. O novo sistema de IA vai permitir aos assinantes colocar perguntas para lá dos nomes dos atores ou géneros de conteúdos e receber sugestões nessa base.

O Bloomberg diz ainda que a Netflix está a experimentar outras formas de expandir o uso de IA, tanto em processos internos corporativos como nas suas produções. Ted Sarandos, Co-CEO da empresa diz que a IA vai ajudar nas filmagens, mas não vai substituir os criativos, tais como os escritores de guiões e atores. A IA tem levantado questões em Hollywood sobre como a IA poderá vir a cortar empregos e a reduzir custos.

De recordar que a Netflix prevê gastar 16.700 milhões de euros em conteúdos em 2025, um aumento de 11% face ao ano anterior. A plataforma adicionou 19 milhões de subscritores no último trimestre de 2024 e fechou o ano com um total de 301 milhões de membros em todo o mundo.