Entre abril e junho foram vendidos 49,1 milhões de computadores portáteis em todo o mundo. No mesmo período foram comercializados 48,3 milhões de tablets a nível global. Pelo menos durante um trimestre os computadores voltaram a superar os tablets e nestes valores não são considerados os modelos desktop.



Enquanto o mercado dos computadores portáteis estagnou, o mercado dos tablets caiu. Na Europa venderam-se 8% mais computadores do que há um ano atrás e nos EUA a subida chegou aos 13%. Mas porque estão os portáteis a “ressurgir”?



De acordo com a análise da Canalys, o alívio da crise económica faz com que os consumidores voltem a investir em equipamentos tecnológicos. A queda do preço de portáteis com ecrãs sensíveis ao toque também ajuda a atrair clientes, enquanto segmentos específicos, como os Chromebook para o ensino, têm ajudado a vender mais PCs.



Já do lado dos tablets vive-se um momento negativo. O mercado encolheu cerca de 5% em comparação com o segundo trimestre de 2013 e nem mesmo a Apple, a maior vendedora a nível mundial, escapou à tendência. É de registar que a venda de computadores Mac aumentou 10%, mas os iPad recuaram 5%.



A Canalys afirma que ao todo venderam-se 123,9 milhões de computadores pessoais, mas a empresa de análise considera para estes números os tablets, os portáteis e os computadores desktop. Ainda assim registou-se um crescimento anual de 14%.

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Num panorama geral a Apple é a empresa que tem mais vendas conjuntas, graças ao segmento dos tablets, mas a Lenovo está apenas a 700 mil unidades da marca da maçã. No próximo trimestre a fabricante chinesa pode tornar-se na maior vendedora de PCs de todo o mundo, mesmo já tendo em conta o segmento dos dispositivos móveis.



No que diz respeito à venda de portáteis e computadores desktop, a Lenovo continua a disputar de perto a liderança com a HP, mas a gigante norte-americana tem consecutivamente ficado na segunda posição e não tem uma expressão muito significativa no mercado dos tablets – um cenário partilhado com a Dell.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico