Durante uma conferência em São José, nos Estados Unidos, dedicada a tecnologia, a Nvidia apresentou um novo supercomputador, o DGX-2, com previsão de lançamento no final do ano. Trata-se de uma plataforma “megalómana” de servidores para ajudar os cientistas e investigadores a aprofundar o treino da inteligência artificial através de Deep Learning. A máquina é apontada como o primeiro sistema no mundo a debitar dois petaflops de performance. Trata-se de o equivalente a 300 servidores, mas ocupando um espaço 60 vezes inferior e com maior eficácia energética. Em apenas seis meses, a Nvidia conseguiu fabricar um sistema com uma performance oito vezes superior ao anterior DGX-1.

A empresa revelou ainda que o seu processador gráfico Tesla V100 terá o dobro da capacidade de memória. Este terá a performance de 100 CPUs em apenas um GPU. O computador apresenta a nova tecnologia NVSwitch, um interconector de GPU capaz de ligar 16 placas de vídeo em simultâneo, baseados na microarquitetura Volta, duplicando assim a performance da primeira geração. E o que isso significa em termos de comunicação de dados? “Apenas” 2,4 terabytes por segundo…

Feitas as contas, o supercomputador está equipado com 16 placas de vídeo Tesla V100, 512GB de memória HBM2, dois processadores Intel Xeon e 30TB de armazenamento SSD baseado em tecnologia da nova geração NVMe.

O novo processador é destinado a máquinas de investigação de inteligência artificial e já foi requisitado por diferentes empresas, entre as quais a HP, IBM, Oracle, Dell e Lenovo para começar a utilizar nas suas soluções nos próximos meses.

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A nova geração de supercomputadores vai acelerar o processo de treino da inteligência artificial, o que em termos práticos significa melhores sistemas de reconhecimento de voz e tradução, com performances mais próximas ao natural. Um porta-voz da Microsoft referiu a importância da tecnologia da Nvidia para os seus sistemas Cortana, Bing e Microsoft Translator, que assim conseguirão atingir um novo patamar de “capacidades humanas”.