A OpenAI anunciou esta semana a criação do comité de segurança e proteção (Safety and Security Committee) que será responsável por apresentar recomendações ao Conselho de Administração da empresa sobre decisões críticas de segurança e proteção de todos os projetos.  O comité é composto pelos diretores Bret Taylor (presidente), Adam D'Angelo, Nicole Seligman e Sam Altman (CEO/diretor-executivo).

Entretanto, a OpenAI continua a treinar o seu próximo modelo de inteligência artificial generativa, o GPT-5, mais um passo no caminho para a criação de uma superinteligência semelhante à dos humanos, a “artificial general intelligence” (AGI), e só possível se a empresa angariar financiamento.

Nos próximos 90 dias, o Comité irá avaliar e aprimorar os processos e as salvaguardas da OpenAI. No final deste prazo, o novo órgão irá partilhar as suas recomendações com o Conselho de Administração que, após análise, partilhará publicamente “uma atualização das recomendações adotadas de uma forma consistente com a segurança e proteção”.

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Esta novidade surge no rescaldo de uns dias complicados da OpenAi na imprensa, após a apresentação de uma voz aparentemente inspirada em Scarlett Johansson no filme “Her”, de 2013 e que poderá levar a OpenAI à barra do tribunal. Mas também piadas no Daily Show e no Saturday Night Live ridicularizando respetivamente a voz sedutora da Omni e a relação entre as vozes de Sky e de Scarlett Johansson.

AGI refere-se a um hipotético sistema de IA com capacidades ao nível humano para realizar tarefas novas e gerais para além dos seus dados de treino, em oposição à IA restrita, treinada para tarefas específicas. Esta inteligência artificial que visa reproduzir a cognição humana poderá ser uma realidade dentro de três anos, disse recentemente o cientista Ben Goertzel.

Além da data de lançamento, subsiste a dúvida sobre se o GPT-5 será já um modelo AGI.

O comité foi anunciado na semana em que Bruxelas criou um gabinete da União Europeia para supervisionar a tecnologia de inteligência artificial, fomentar o desenvolvimento e aplicações, assim como fazer cumprir a legislação da AI Act (AI Office).

Também esta semana foi firmado um acordo entre 16 empresas que estão na linha da frente do desenvolvimento de IA. A medida de segurança, conhecida como “Kill Switch” vai permitir desligar sistemas de inteligência artificial caso sejam incapazes de mitigar os riscos.