A compra de conteúdos em modelos de subscrição parece estar na moda. Desta vez a Ouya, empresa responsável pela consola de baixo custo com o mesmo nome, está a promover um método de comercialização anual: os utilizadores pagam 60 dólares, cerca de 45 euros, e podem descarregar perto de 800 jogos de forma gratuita.



Os únicos jogos que não são elegíveis para o modelo de subscrição são os que custam 30 ou mais dólares. De acordo com as informações avançadas pela imprensa internacional, a empresa garante que vai continuar a pagar 70% do valor do jogo aos programadores caso este seja descarregado em modelo de subscrição.



O modelo escolhido pela Ouya aproxima-se ao nível de conceito do modelo de subscrição usado pelo Netflix, na distribuição de conteúdos vídeo, ou pelo Spotify no caso da música.



Olhando para o segmento do gaming, os modelos de subscrição em troca de jogos já existe, mas não num modelo tão agressivo: o PlayStation Plus e o Xbox Gold permitem descarregar jogos gratuitos todos os meses.



De certa forma o que a Ouya está a dizer aos jogadores é que por uma quantia fixa anual, está disposta a dar quase todas as suas aplicações. Os cerca de 45 euros pedidos pela Ouya pelo serviço All-Access equivalem ao preço médio de um jogo recente para as consolas domésticas. Quer isto dizer que pelo preço de um jogo os utilizadores podem ter acesso a 800, ainda que o grau de maturidade dos mesmos e o nível gráfico sejam bastante diferentes.



Ao todo a startup que conseguiu surgir através do financiamento colaborativo diz que os 800 jogos têm um valor real de 2.000 dólares.



A comercialização de jogos num modelo de subscrição é para já uma experiência que a Ouya está a fazer e surge como uma resposta óbvia ao aparecimento de várias microconsolas e sistema de TV que também executam jogos, como a Fire TV ou Android TV.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico