Jon Rubinstein, que liderava a Palm quando a empresa foi adquirida pela HP e depois do negócio passou a integrar os quadros da tecnológica, saiu da empresa. O executivo conduziu a estratégia que levou a Palm a criar o webOS e a afirmar-se no mercado com o seu próprio sistema operativo. Depois de avanços e recuos da HP no que se refere a uma estratégia para a plataforma, Jon Rubinstein deixa a companhia.



O gestor entrou para a Palm em 2007 como presidente e em 2009 assumiu o cargo de CEO, com ambição de criar uma oferta de referência no mercado dos dispositivos móveis inteligentes. Antes de integrar a Palm, Rubinstein tinha estado na Apple, onde integrou a equipa de desenvolvimento do iPod.



Estava aos comandos da Palm quando a empresa foi vendida à HP, pondo fim a um projeto que passou ao lado do sucesso que a Apple tem conseguido garantir com a sua visão para os dispositivos digitais, na música, nos telemóveis e mais recentemente nos tablets.



A Palm foi precursora do mercado de PDAs, um primeiro esboço dos smartphones que entretanto se tornaram tão populares, mas anos de alterações de estratégia e de liderança impediram a empresa de capitalizar sobre o seu posicionamento pioneiro.



Em 2010 a HP adquiriu a empresa, num negócio pelo qual pagou 1.200 milhões de dólares. O webOS terá sido um dos argumentos principais para o investimento, mas entretanto a estratégia mudou. Primeiro a HP anunciou que o webOS integraria não apenas smartphones, mas também outras linhas de produtos. Meses depois revelou que ia deixar de investir na plataforma e que pretendia fazer dela um sistema operativo de código aberto.



No final da semana passada voltou a falar na plataforma para dar mais detalhes sobre a decisão de abrir o código do webOS, avançando datas. A partir de setembro o webOS será um sistema operativo de código aberto, com a designação Open webOS 1.0. Um mês antes será lançada uma versão de testes.



O primeiro passo para a nova fase da vida do webOS foi dado no mesmo dia, com o lançamento de uma versão 2.0 do Enyo, a plataforma que permite desenvolver aplicações webOS que podem correr em várias plataformas, desde outros sistemas operativos, como o iOS e o Android, a browsers.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira