Como o TeK já tinha escrito esta semana, depois de vários anos de quase ausência a Lenovo acaba de lançar a estrutura em Portugal, contando com Miguel Coelho como Business Manager e focando-se no mercado empresarial, onde a marca já detém uma quota de mercado próxima dos 9%.

Mas o mercado de consumo português faz também parte dos planos da Lenovo, que admite avançar ainda este ano com a comercialização de PCs, notebooks e tablets no retalho, provavelmente antes do Natal, adiantou hoje Juan Chinchilla, diretor geral e responsável de canal da Lenovo Iberia.

"Queremos ser muito fortes no mercado profissional e vamos começar por aqui", explicou, admitindo porém que o consumo é uma área que está a ser trabalhada com sucesso pela Lenovo e que Portugal terá naturalmente também esse segmento, que será integrado na Lenovo Portugal mas com uma direção diferente da que agora foi criada porque são negócios separados.

O negócio de smartphones, que decorre da aquisição da Motorola, não deverá porém avançar em Portugal já este ano e Juan Chinchilla não adiantou qualquer previsão para a concretização dessa possibilidade.

A elevada competitividade do mercado de consumo, mais exigente na estratégia de preço e de canal, é uma das razões que justificam a maior cautela da Lenovo na abordagem deste mercado, mas há também o alinhamento estratégico e a "história" herdada da IBM a quem a marca adquiriu o segmento de PCs e à qual se prepara para comprar também a área de servidores x86, uma aquisição que deverá estar concretizada no último trimestre deste ano.

A nível global a Lenovo é já número um na venda de PCs, embora disputando a posição de forma próxima com a HP, e na região da Europa e Médio Oriente (EMEA) está em segundo lugar, com uma quota de 15,8%.

Nos smartphones a companhia tem vindo a ganhar posição, estando em segundo lugar no mercado chinês e em quarto a nível global, segundo os números da IDC.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico