No primeiro trimestre de 2004 o mercado de computadores portáteis cresceu 46,9 por cento em relação ao trimestre homólogo, superando em mais de 10 por cento as subidas registadas nas áreas de desktop e servidores no mesmo período, indicam os dados da IDC Portugal. A tendência de crescimento acima da média deverá manter-se nos próximos trimestres, estimando Gabriel Coimbra que os Portáteis continuarão a ganhar quota de mercado nas vendas totais de PCs, passando a representar mais de 35% do total das unidades vendidas em Portugal.




Quando contabilizadas as unidades vendidas, continua a manter-se uma diferença significativa em relação aos computadores pessoais de secretária (desktops) que acumularam no primeiro trimestre de 2004 vendas na ordem dos 75.227, quando os portáteis registaram 47.666 unidades vendidas e os servidores se ficaram pelos 5.355. Em termos de quota de mercado Os desktop foram responsáveis por 58,7 por cento das vendas, os portáteis por 37,2 por cento e os servidores por 4,2 por cento.



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Já no cálculo final de 2003 a quota de mercado era mais desfavorável para os computadores portáteis, que assumiram 32,1 por cento do total de unidades vendidas em Portugal. Os computadores desktop assimilaram 64,3 por cento desse total e os servidores 3,6 por cento. Em número de unidades foram vendidos em Portugal 479,7 mil computadores, sendo 308,5 mil PCs desktop, 153,995 mil portáteis e 17,2 mil servidores.



Em declarações ao TeK, Gabriel Coimbra, da IDC Portugal, afirma que "para 2004, e influenciado pela contínua diminuição dos preços, estabilização da situação económica e substituição de parte do parque instalado adquirido na altura do ano 2000 pelas médias e grandes empresas, prevemos que o mercado de PCs cresça em termos de unidades vendidas, atingindo mesmo valores na casa dos dois dígitos em alguns trimestres".



No final de 2003 o crescimento total do mercado de PCs ficou-se pelos 12,8 por cento, com os desktop a ausentarem 7,6 por cento em relação ao ano de 2002, enquanto os portáteis subiam 24,2 por cento e os servidores 18,3 por cento.



Com as vendas dinamizadas pela maior consciencialização dos profissionais acerca das vantagens da mobilidade, os computadores portáteis deverão continuar até ao final de 2004 a manter um crescimento significativo, sustentado também por um primeiro trimestre muito positivo. Gabriel Coimbra acredita que este continuará a ser o segmento a registar maiores taxas de crescimento, influenciado pela diminuição dos preços e aumento da procura de equipamentos que permitam maior mobilidade por parte das PME e sector doméstico.



"Os Portáteis continuarão a ganhar quota de mercado nas vendas totais de PCs, passando a representar mais de 35% do total das unidades vendidas em Portugal", sublinha Gabriel Coimbra.



Neste segmento específico a Toshiba assumiu o primeiro lugar nas vendas durante o primeiro trimestre com 12.814 unidades e uma quota de 26,9 por cento, registando um crescimento de 35,2 por cento em relação ao mesmo período de 2003. Em segundo lugar ficou a HP com vendas de 9.129 unidades, seguida de longe pela Acer com 5.231 portáteis vendidos.



Em termos de mercado agregado, o primeiro lugar é assumido pela HP que vendeu 33.089 computadores no primeiro trimestre, entre desktops, portáteis e servidores, sendo seguida de muito longe pela Toshiba, com 12.883 unidades (sendo que 12.814 correspondem a portáteis e as restantes 69 a servidores), aparecendo em terceiro lugar o primeiro fabricante português, a Solbi/Citydesk com 10.495 computadores vendidos.



Esta empresa garantiu já o segundo lugar no ranking de maiores vendas de computadores desktop em Portugal, embora ainda longe do líder da tabela, a HP, que vendeu 21.144 mil PCs de secretária e assume uma quota de mercado de 28,1 por cento, crescendo 33,1 por cento em relação ao mesmo período de 2003. Para a Citydesk este primeiro trimestre do ano não foi muito brilhante, registando vendas de 8.790 unidades e crescendo apenas 4,8 por cento em relação ao período homólogo.

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