(Atualizada) Identificar, de forma rápida e eficaz, lesões de pele potencialmente cancerígenas. É este o propósito da aplicação móvel criada por Luís Rosado, o investigador português de 26 anos responsável pelo desenvolvimento da Melanoma Detection.

O software para smartphones - desenvolvido no âmbito de uma parceria entre o investigador do centro Fraunhofer Portugal AICOS e do Instituto Português de Oncologia no Porto - tira partido dos recursos deste tipo de equipamentos para alertar os utilizadores para o risco daquele que é "um dos problemas de pele mais frequentes na população caucasiana": o cancro de pele.

De acordo com os responsáveis pelo projeto, este tipo de cancro é "um dos que mais tem crescido nos últimos anos" e a sua deteção precoce "é de importância vital", o que motivou o investimento numa solução deste género.

A aplicação permite tirar uma fotografia à zona potencialmente de risco, procedendo depois à análise automática da imagem - com recurso a "quatro características visuais altamente relevantes para a deteção precoce de melanoma maligno: assimetria, cor, estruturas diferenciais e bordos irregulares", lê-se num comunicado à imprensa.

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Feita a análise, o utilizador recebe "um feedback visual", em tempo real, do risco que tem de desenvolver uma lesão de pele. Desta forma, o utilizador pode perceber se um determinado sinal na pele constitui ou não uma situação que deva ser verificada por um médico especialista, explicam os responsáveis.

[caption]Melanoma Detection[/caption]

A fotografia é também guardada num servidor, "para que possa ser analisada por um médico e para que fique disponível para comparações posteriores a imagens tiradas à mesma zona", acrescenta ainda a nota aos meios. A avaliação das fotografias é feita com recurso a um algoritmo baseado num conjunto de imagens de lesões de pele previamente classificadas por especialistas do Instituto Português de Oncologia do Porto.

A aplicação, compatível com o sistema operativo móvel Android, não está, por enquanto, acessível ao público, estando ainda a ser aperfeiçoados alguns aspetos do software em colaboração com o IPO, adiantou ao TeK fonte do Fraunhofer AICOS (Research Center for Assistive Information and Communication Solutions). A data de lançamento ainda não está definida, não estando também determinado se será de acesso gratuito ou pago.

Nota da Redação: Notícia atualizada com informação prestada pelo Fraunhofer Portugal AICOS.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes