Em média, 31 por cento dos europeus já forma vítimas de problemas de segurança informática, mas Portugal regista valores mais elevados, revela um estudo do Eurostat publicado a propósito do Dia Europeu da Internet Segurança, que se comemora amanhã.

De acordo com a tabela apresentada hoje pelo gabinete europeu de estatística, que entrevistou internautas nos 27 Estados-membros, Portugal é o oitavo na lista dos países cujos cidadãos mais foram afectados por ameaças como vírus, worms, cavalos de Tróia, por exemplo. O ranking é liderado pela Bulgária, onde 58 por cento dos entrevistados já foi vítima de malware.

Curiosamente, Portugal está também acima da média europeia no que respeita ao uso de software de segurança, com 86 por cento dos internautas nacionais a afirmarem recorrer a este tipo de soluções.

A média na UE situa-se nos 84 por cento, num cenário onde a Holanda se distingue como o país onde existe a maior percentagem de utilizadores de software de segurança (96%). Na Turquia, por oposição, a fatia de utilizadores não ultrapassa os 58 por cento.

Apesar de ser representativa a percentagem daqueles que sofreram infecções por malware, apenas 3 por cento dos europeus afirma já ter perdido dinheiro devido a esquemas fraudulentos online, como o phishing ou uso indevido do seu cartão de crédito.

Destacam-se, no entanto, países como a Letónia ou o Reino Unido, onde a percentagem de vítimas de perdas financeiras em virtude deste tipo de ataques se situa, respectivamente, nos 8 e 7 por cento. Em Portugal a percentagem é de 2 por cento.

O valor nacional sobe para os 4 por cento quando falamos na apropriação indevida de informação pessoal dos internautas e seu uso abusivo, ou violação da privacidade. Também nesta matéria, os nacionais ficam abaixo da média europeia (3%).

Espanha, Bulgária, Itália ou Holanda são os países que relatam maiores problemas com a questão da privacidade e uso abusivo de dados pessoais, com percentagens de queixosos na ordem dos 7 e 6 por cento.