Chama-se Quantum Portugal e é uma iniciativa da Fundação para a Ciência e Tecnologia que pretende atrair novos investigadores para a computação quântica, com o financiamento de bolsas de doutoramento.

A área é considerada de grande potencial e está em franco crescimento, com inúmeras aplicações na ciência e nos negócios, desde a criação de novos medicamentos e materiais à Inteligência Artificial. Só que, como em muitas outras áreas ligadas à tecnologia, faltam recursos qualificados.

As 24 bolsas colocadas agora a concurso pretendem ajudar a responder a essa escassez. Ao mesmo tempo que põe Portugal “no mapa”. “É uma área em franco desenvolvimento em todo o mundo, que está a reunir grande investimento em países como a China e os EUA”, sublinhou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em declarações ao SAPO TeK, considerando que a iniciativa vai contribuir para “melhor posicionar Portugal neste contexto de mudança e evolução nas chamadas tecnologias imateriais quânticas”.

Manuel Heitor destacou que há hoje formação doutoral em todas as áreas do conhecimento em Portugal e nos últimos anos mais do que se duplicou o número de bolsas de doutoramento. “Estamos a formar cerca de 2.600 novos doutores por ano, cerca de três em cada 10.000 habitantes”. O valor é semelhante a Espanha, mas ainda abaixo da média da UE, “por isso temos de continuar a aumentar e a diversificar a formação ao nível do doutoramento e, de um modo geral, temos aberto sempre apoios em todas as áreas do conhecimento”.

No caso da Quantum Portugal, além dos incentivos existentes para todas as áreas do conhecimento, “abre-se um apoio específico adicional numa área que é emergente (…) colocando as infraestruturas do INL à disposição de todas as universidades de Portugal”, referiu o responsável político.

Será efetivamente o INL - Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia a gerir o concurso, no âmbito de um Memorando de Entendimento esta sexta-feira assinado num evento em Braga, que também serviu para assinalar o lançamento da iniciativa.

O INL funcionará como instituição de acolhimento a alunos de doutoramento de universidades de todo o país, que assim poderão usar as suas instalações e competências.

“Hoje já se trabalha em materiais quânticos em Portugal, mas para podermos trabalhar mais temos de ter pessoas. O que estamos a fazer é formar uma nova geração de recursos”. Para  trabalharem em Portugal ou estão a ser formados para irem para o estrangeiro? “Para trabalhar em Portugal e em rede com outros países”, respondeu Manuel Heitor.

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