Em comunicado, o regulador britânico (Competition & Markets Authority - CMA, em inglês) refere que os designados modelos fundacionais, que se baseiam na aprendizagem autossupervisionada e surgiram nos últimos cinco anos, têm o potencial de transformar grande parte do que as pessoas e as empresas fazem.

Com o objetivo de assegurar que a inovação em IA continua a ser benéfica para os consumidores, os negócios e a economia britânica, o Governo pediu aos reguladores, entre eles à CMA, que pensem "como o desenvolvimento inovador e a implantação da IA pode sustentar-se nos princípios de segurança; transparência adequada, justiça; prestação de contas e governança; e contabilidade e correção".

O regulador explica que a revisão tem como objetivo "compreender como os modelos fundacionais estão a desenvolver-se e produzem uma evolução das condições e princípios que irão guiar da melhor maneira o desenvolvimento de modelos fundacionais e o seu uso no futuro".

Será também analisado como os mercados de concorrência para os ditos modelos podem evoluir e explorar que oportunidades e riscos podem trazer esses cenários para a concorrência e a proteção dos consumidores. Além disso, desta revisão deverá resultar princípios para apoiar a concorrência e proteger os consumidores.

"A IA explodiu na consciência pública nos últimos meses, mas está no nosso radar há bastante tempo", sublinha a presidente executiva da CMA, Sarah Cardell, citada no comunicado.

A responsável aponta que a inteligência artificial "é uma tecnologia que se desenvolve rápido e tem um potencial de transformar a maneira como os negócios concorrem, assim como impulsionar um crescimento económico substancial".

Por isso, "é crucial que os benefícios potenciais desta tecnologia transformadora sejam acessíveis aos negócios e consumidores britânicos, ao mesmo tempo que os cidadãos continuam protegidos de assuntos como informação falsa e enganosa", salienta Cardell.

Entretanto, também hoje, a vice-presidente e ministra dos Assuntos Económicos e Transformação Digital espanhola, Nadia Calviño, afirmou que durante a próxima presidência espanhola do Conselho da União Europeia será dada prioridade à regulação da IA, dado o seu desenvolvimento nos últimos anos.