Sophia, a primeira inteligência artificial da história a receber cidadania, tinha avisado no Web Summit que, apesar de não nos quererem fazer mal, os robots iriam “roubar” os empregos aos humanos. Alguns estudos também já tinham apoiado esta tese, revelando que, em 13 anos, 800 milhões de trabalhadores seriam substituídos por robots.
No entanto, o robot japonês Pepper, desenhado para ir aprendendo com as interações humanas e para se adaptar à personalidade e preferências das pessoas com quem convive, parece mostrar que a substituição em algumas indústrias poderá não será assim tão linear.
Uma mercearia em Edimburgo contratou um destes robots desenvolvido pela Softbank, tendo as reações iniciais a Fabio, nome pelo qual os restantes trabalhadores decidiram chamá-lo, sido positivas.
Mas, quando à pergunta “onde posso encontrar o leite?”, Fabio responde apenas que “está na secção dos frescos”, sem explicar onde a mesma fica ou sem levar o cliente até lá, tornou-se evidente que o robot seria bastante limitado na forma como poderia ajudar as pessoas.
Alguns clientes chegaram a não obter qualquer resposta às suas questões, o que poderá ser justificado pela dificuldade dos sensores do robot funcionarem de forma eficaz em ambientes ruidosos.
Também o facto dos clientes ignorarem o robot enquanto este distribuía amostras de um produto ao passo que uma colega humana, com a mesma função, conseguia ter uma maior interação com os consumidores, contribuiu para a decisão de Franco Margiotta, o dono da loja, de despedir Fabio.
O Pepper foi lançado em 2015, no Japão, e está equipado com um software que lhe permite conversar e responder ao que lhe dizem. Deteta emoções como a alegria, surpresa, raiva e tristeza nos rostos dos interlocutores, nas palavras ou na linguagem corporal.
O robot consegue ainda "lembrar-se" das coisas que já viu e está programado para se sentir feliz quando lhe dão atenção e irritado quando não a recebe. Tem 1,21 metros, pesa 29 quilos e anda sobre rodas.
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