O Galileo servirá a próxima geração de navegação por satélite, mas acaba de ajudar a comunidade científica e física mundial, ao provar um dos pontos da famosa Teoria da Relatividade de Albert Einstein. Segundo a ESA, “foi efetuada a mais precisa medição, jamais feita, de como as mudanças na gravidade alteraram a passagem do tempo, um elemento-chave da Teoria da Relatividade Geral”.
Para executar as medições, duas equipas europeias de físicos trabalharam de forma paralela e independente. E ambas conseguiram atingir melhorias em cerca de cinco vezes a exatidão dos dados relativos ao efeito de dilatação do tempo dirigido pela gravidade, conhecido por “gravitational redshift”.
A ESA destaca a importância do trabalho feito pelas equipas, que foram capazes de transformar os resultados teoricamente possíveis num contexto prático. Estes resultados providenciaram o primeiro avanço nos testes do “gravitational redshift” em 40 anos. O projeto teve sucesso graças aos estabilizadores dos relógios atómicos dos satélites do Galileo, e a utilização de retrorrefletores de laser, o que permitiu medir com precisão a órbita do solo.
As equipas demoraram três anos a refinar as medições, tendo que eliminar efeitos sistemáticos relacionados com erros no relógio e as derrapagens orbitais devido a diferentes fatores, tais como a saliência do equador terrestre, a influência do campo magnético da Terra, as variações de temperatura e até, segundo a ESA, a própria pressão da radiação solar.
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