A Sony sentiu bem na pele o peso de uma decisão errada relativamente ao preço de uma consola. Aconteceu durante o lançamento da PlayStation 3 e a etiqueta de 600 euros na fase inicial fez com que as vendas fossem muito abaixo da geração passada. Leia-se: nada satisfatórias.

A estratégia da Sony mudou e a PS3 soube adaptar-se bem aos desafios do mercado. Acabaria o seu ciclo de vida ‘útil’ com mais de 80 milhões de unidades comercializadas.

Alguns anos depois a Microsoft repetiu o erro: Xbox One com Kinect a custar 600 euros no lançamento. Dois anos depois a consola custava 350 euros sem o periférico. E por falar em Kinect, pouco ou nada se sabe dele.

Estes dois exemplos mostram bem a importância da escolha do preço e para muitos a realidade virtual pode sofrer já um revés inicial por causa dos valores pedidos pelos HTC Vive, Oculus Rift e PlayStation VR. Além do preço dos equipamentos é preciso considerar o valor de investimento para computadores compatíveis ou para a PlayStation 4.

Serão os valores destes sistemas exagerados? A publicação Quartz pegou na calculadora e encontrou aquele que seria o valor das principais consolas de videojogos - incluindo as da década de 1980 e 1990 - para perceber quais os seus preços.

O valor calculado resulta da combinação do preço original de lançamento e o aumento da inflação ao longo dos anos. Confira os valores na galeria.


Destaque para o facto de a Nintendo dominar por completo a lista de consolas de videojogos mais acessíveis. A mais barata de toda a lista é a Nintendo GameCube que atualmente custaria o equivalente a 235 euros. Acima está logo a Sega Dreamcast que custaria atualmente 260 euros.

A Quartz faz ainda uma chamada de atenção para outro sistema de jogo da Nintendo: o Virtual Boy. Visto como uma das primeiras grandes tentativas de tornar a tecnologia de realidade virtual massificada, o equipamento custaria nos dias que correm cerca de 250 euros.