Os serviços da PlayStation Network, que a Sony suspendeu na sequência de um ataque aos seus sistemas informáticos, deverão demorar mais tempo a ser restabelecidos que o inicialmente avançado pela companhia.

Numa nova mensagem publicada no blog oficial da PlayStation, a empresa explica que, embora já tenha dado início ao processo de testes internos ao novo sistema, ainda está "a trabalhar para confirmar a segurança da infra-estrutura da rede".

As declarações surgem em jeito de justificação para aqueles que esperavam ter visto devolvida durante a última semana, pelo menos, a possibilidade de jogar online, como avançado pela fabricante.

O horizonte temporal de uma semana tinha sido referido, com base nos dados então disponíveis. "Na altura não tínhamos noção da dimensão do ataque aos servidores da Sony Online Entertainment", alega a empresa.

A Sony acrescenta ainda estar a "aproveitar a oportunidade para realizar mais testes ao incrivelmente complexo sistema", num processo que inclui também a verificação por parte de entidades externas.

Embora lamente a demora e volte a pedir desculpas pelo sucedido, a empresa não refere datas para trazer de volta a PlayStation Network e o Qriocity - aos países onde este costumava estar disponível, o que não é o caso de Portugal.

Entretanto surgiram também rumores de que a empresa esteja a considerar oferecer uma recompensa a quem fornecer informações que ajudem a encontrar os responsáveis pelo ataque.

A informação, sem confirmação oficial, é divulgada pela C|Net, que cita fontes próximas. A Sony não terá ainda chegado a uma decisão final sobre a possibilidade, mas esta encontra-se em discussão, afirmam.

Existem também novas suspeitas a recair sobre o grupo Anonymous, depois de dois membros da organização terem dito ao Financial Times que acreditavam ter sido um dos membros do grupo a organizar o ataque. Dados sobre vulnerabilidades do serviço terão sido publicados no canal de chat do grupo não muito antes da investida, segundo um deles.

Uma das fontes afirmou que o hacker responsável pelo ataque era apoiante dos movimentos "OpSony", uma operação desencadeada como retaliação pelo processo movido a George Hotz - que desbloqueou a PS3.

Outro dos hackers citados explicou que quando alguém diz que pertence ao grupo e faz algo enquanto tal, "então foi o Anonymous que o fez", mesmo que o resto do grupo não concorde.

Recorde-se que o Anonymous tinha, a semana passada, emitido uma carta aberta em que negava a responsabilidade pelos ataques, afirmando que a organização não compactuava com acções que implicassem roubo de dados de cartões de crédito.