É já no próximo mês que a Sony vai lançar os seus novos programas de subscrição. As novas modalidades vão absorver o serviço de streaming PlayStation Now e garantir o acesso a um acervo de jogos de outras gerações. A decisão beneficia os jogadores, que assim podem experimentar ou reviver títulos de outras épocas, mas também a própria indústria, uma vez que mantém viva a memória destas criações.

A preservação dos jogos é um assunto e a tecnológica japonesa parece querer levá-lo a sério. Isto porque à nova estratégia de disponibilização dos seus jogos, a empresa soma agora uma equipa especializada na ciência da preservação. Garrett Fredley anunciou a sua contratação para a equipa, no Twitter. "Vamos garantir que a história da nossa indústria não é esquecida", escreveu.

As funções da equipa ainda não foram clarificadas, uma vez que não há qualquer comunicação oficial sobre o assunto.

É importante sublinhar que a Sony nem sempre fez um bom trabalho neste capítulo. Para a preservação de jogos, a retrocompatibilidade é uma funcionalidade essencial e a verdade é que nem sempre esteve presente nas consolas da marca. Recorde-se que a PS4 não consegue executar CDs de outras consolas PlayStation e que a loja de jogos PSP foi encerrada no passado verão, pelo que não há agora forma de adquirir títulos do sistema portátil. A Sony tinha ainda planos para encerrar as lojas da PS3 e da PS Vita, mas acabou por recuar depois de a comunidade ter manifestado o seu desagrado. Caso estes jogos não sejam sucessivamente compatibilizados e disponibilizados nas novas gerações de consolas, acabarão por se perder, pelo menos para o público.

Das marcas concorrentes, a Microsoft é a que mais esforços tem feito neste sentido - note que a Xbox Series X/S consegue reproduzir jogos da primeira Xbox. A Nintendo, por outro lado, não parece particularmente investida na preservação. Em breve, a empresa vai encerrar as lojas de jogos da 3DS e da Wii U e ainda não revelou quaisquer planos para a sua portabilidade.