A Canesta, uma pequena start-up norte-americana, inventou uma alternativa aos minúsculos botões dos computadores de bolso e telemóveis que consiste num teclado virtual, isto é, uma imagem de um teclado que pode ser projectada numa superfície próxima do aparelho, de acordo com o Wall Street Journal.



Esta tecnologia emprega chips e outros componentes para projectar a imagem de um teclado em cima de uma secretária ou noutra superfície lisa. Os utilizadores podem escrever através das teclas como se se tratasse de um verdadeiro teclado, sendo que um sensor de dimensões bastante reduzidas converte os movimentos dos dedos em toques nas teclas.



A empresa está a demonstrar a tecnologia na conferência DEMOmobile que decorre de 18 a 20 de Setembro em La Jolla, no estado norte-americano da Califórnia. Segundo Joep Van Beurden, vice-presidente sénior da Canesta citado pelo jornal financeiro, a companhia está a colaborar com três fabricantes de dispositivos sem fios, os quais não quis identificar, e espera que os primeiros produtos empregando a tecnologia estejam disponíveis a partir do próximo Verão.



Contudo, é provável que alguns dos adeptos dos teclados verdadeiros dos PDAs e telemóveis demorem algum tempo a habituarem-se à tecnologia. Outro obstáculo que se coloca à massificação desta inovação é o facto de os PDAs serem frequentemente utilizados onde não estão disponíveis superfícies lisas. Mas dado que se espera que a funcionalidade não faça aumentar em muito o preço dos dispositivos móveis, prevê-se que as companhias do sector venham a tentar introduzir a tecnologia.



Fundada no ano de 1999, a Canesta considera que o teclado virtual é apenas a primeira de muitas aplicações que se irão tornar possíveis à medida que os circuitos detectores de movimentos se tornarem suficientemente pequenos e baratos para serem incorporados noutros produtos. Um dos exemplos apontados pela companhia é a possibilidade de jogos para consolas ou computadores serem controlados pelo corpo ou movimentos de mão do utilizador.