O Watson chegou às “bocas do mundo” quando, em 2011, derrotou os seus rivais humanos, sagrando-se vencedor do concurso televisivo “Jeopardy”. Além disso, tem estado ativamente envolvido em investigações relacionadas com tratamentos oncológicos.

Mas o supercomputador começa agora a dar os primeiros passos na área da Neurociência e os resultados já são notórios.

No âmbito de uma parceria entre a IBM e o Barrow Neurological Institute, o supercomputador descobriu cinco novos genes que estão associados à Esclerose Lateral Amiotrófica, de acordo com o Mashable. Apesar de toda a cobertura mediática que teve em 2014 derivada do popular Ice Bucket Challenge, esta doença degenerativa ainda não tem cura e as suas causas são, de momento, desconhecidas.

De forma simplificada, a ELA, também conhecida como Doença de Lou Gehrig, faz com que as células nervosas responsáveis pelos movimentos voluntários se deteriorem, o que resulta em paralisia e, eventualmente, em morte.

A descoberta do Watson foi o resultado da análise dos cerca de 1.500 genes que compõem o genoma humano. Este escrutínio levou o supercomputador a avançar 10 genes como tendo relação com a ELA.

Estas sugestões foram posteriormente examinadas pela equipa de investigação médica do Barrow Neurological Institute, que concluiu que oito desses genes estavam relacionados com a doença neurodegenerativa. Desse conjunto, cinco nunca tinham antes sido associados à ELA, o que constitui uma descoberta significativa.

Com estes novos dados em mãos, os cientistas têm agora um conhecimento mais aprofundado acerca da doença e das suas “raízes genéticas”, o que deverá catalisar os progressos na investigação de uma cura.

O Watson ainda tem muito para aprender no que toca à ELA e à Neurociência, diz Robert Bowser, citado pelo Mashable. Mas o líder desta equipa de cientistas afirma que o supercomputador vai continuar a adquirir conhecimento sobre esta doença degenerativa e a contribuir para desenvolvimentos nesta área.