A Konica Minolta prepara-se para aplicar a tecnologia OLED à iluminação, para criar candeeiros sem lâmpadas ou paredes que se iluminam, com menor consumo energético e uma produção simples.

Numa entrevista à agência Lusa, o vice-presidente da área de negócios da Konica Minolta para a Europa, Ken Osuga, desvendou algumas das potencialidades da tecnologia que a marca espera estar em condições começar a produzir já em 2010.

A tecnologia vai permitir fabricar elementos de luz flexíveis, orgânicos, que emitem menos calor e gastam menos energia. "Pense num candeeiro que é só um cilindro de papel, lá dentro não tem lâmpada. É o próprio papel que emite a luz. Ou pode fazer uma parede de luz", explicou o responsável.

Entre as possibilidades contam-se casas com paredes flexíveis e com iluminação incorporada, armários cuja estrutura se acende para iluminar o interior ou cortinas que à noite simulam a luz solar, por exemplo.

Para isso, a fabricante japonesa vai recorrer à tecnologia OLED - mais conhecida dos ecrãs de telemóvel e televisores. Segundo explicou o porta-voz da Konica, sendo que o OLED é composto por películas de moléculas que emitem luz ao receberem carga eléctrica, essas moléculas podem ser directamente aplicadas na superfície de uma tela através de um método de impressão, a que se juntam filamentos metálicos que conduzem os impulsos eléctricos.

No mês passado, a marca anunciou um investimento de 3,5 mil milhões de ienes (quase 27 milhões de euros) na construção de uma fábrica piloto de impressão.

No projecto, cujo início data de 2006, a empresa tem uma parceria com a especialista em electricidade norte-americana General Electric - a empresa que patenteou a primeira lâmpada de Thomas Edison.

A nova tecnologia deverá tornar a iluminação mais barata, mais fácil de fabricar, mais versátil e energeticamente mais eficiente. "É a maior inovação nesta área desde Edison. Provavelmente estamos a trabalhar na próxima geração de iluminação", acredita Ken Osuga.