No próximo ano, Portugal começará a massificar a introdução de veículos elétricos com baterias “fuel cell”, ou seja, sistemas que utilizam hidrogénio para gerar a energia do veículo. Ao utilizar células de combustível, a eletricidade consumida é gerada a bordo do veículo, invés de necessidade de se alimentarem na rede elétrica. A tecnologia dispensa a necessidade de baterias de grandes proporções e capacidade, sendo as células de hidrogénio de 1,6 kWh, invés das convencionais que podem chegar aos 100 kWh.
O Toyota Mirai é um dos veículos mais vendidos suportados pelo sistema de combustível a células, conseguindo uma autonomia de 450 quilómetros com uma “pastilha” de hidrogénio de 5 kg. A Toyota, através do seu representante em Portugal, a Salvador Caetano Portugal, já fabricou este ano 60 autocarros elétricos, mas espera até 2021 ter 2.000 na praça, baseados na tecnologia “fuel cells”, adianta o Observador.
A Toyota irá fornecer as células de combustível e os respetivos tanques de 350 bar de pressão, os motores elétricos e a unidade de gestão. Já em Portugal são construídos os chassis, a carroçaria, assim como a montagem de interiores e os componentes mecânicos.
O principal impedimento ao aumento do parque destes veículos, incluindo o Toyota Mirai, é a escassez da rede de distribuição das células de hidrogénio. A Galp está envolvida no projeto e pretende instalar em Portugal dois postos de abastecimento, um em Gaia, perto da fábrica da Salvador Caetano e a outra em Lisboa.
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