Apesar de todo o potencial que revelava aquando da sua descoberta, o TRAPPIST-1 dificilmente albergará formas de vida. De acordo com uma das mais recentes investigações, o sistema estelar terá entre 5,4 mil milhões de anos e 9,8 mil milhões de anos de idade. Em suma, o valor poderá representar o dobro da idade do sistema solar onde habitamos, que, segundo a comunidade científica, existe há cerca de 4,5 mil milhões de anos.
Ao contrário de se considerar a existência de uma forma de vida mais avançada, os investigadores descartam a hipótese, uma vez que a água e as atmosferas se deverão ter perdido para a exposição aos altos níveis de radiação que ali se verificam. Caso as atmosferas sejam densas o suficiente para bloquear a radiação, a hipótese mais provável é que as superfícies planetárias tenham sido "cozidas" devido ao efeito dos gases de efeito estufa.
"Se, ainda assim, existir vida", diz Adam Burgasser, da equipa de investigadores, "é um tipo de vida robusta o suficiente para ter sobrevivido milhares de milhões de anos sob condições extremas".
O cientista adianta ainda que, no caso de haver vida, haverá muito tempo para a descobrir. Como diz o responsável, um "sistema anão" como o TRAPPIST-1 é tão estável que poderá durar até 900 vezes a idade atual do universo, que ronda os 13,7 mil milhões de anos.
Nesta altura, o desafio relativamente a este sistema é o de utilizar os telescópios espaciais para registar mais informações do TRAPPIST-1, como a existência de atmosferas e a idade aproximada da estrela em torno da qual giram os planetas.
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