A Canonical, empresa que coordena o desenvolvimento do sistema operativo de código aberto Ubuntu, anunciou a disponibilização de um guia e de um quadro de referência (Framework) para orientar e simplificar a implementação de funcionalidades multitoque avançadas nas próximas versões daquela distribuição Linux.


Esta capacidade começou por ser explorada nos telemóveis e tem caminhado progressivamente para os ecrãs de maior dimensão.



Os fabricantes de software têm adaptado os seus produtos à possibilidade e embora o movimento esteja a ser mais rápido no mundo do software proprietário, no domínio do open source os progressos também já são significativos e prometem tornar-se ainda mais relevantes nos próximos tempos, reflectindo o impacto das actualizações mais recentes ao kernel Linux ou ao toolkit Gtk+.


Numa entrada no blog oficial, a empresa admite que as expectativas dos utilizadores em relação ao software são hoje mais elevadas, consequência dos avanços conseguidos na computação móvel e assegura que a Canonical pretende trazer essa revolução para o desktop Linux.


A empresa antecipa que os gestos e o multitoque serão centrais na forma de utilizar aplicações Linux no futuro e admite que, da sua parte, o trabalho está apenas a começar. Para chegar a bom porto precisa da colaboração da comunidade de programadores que se move em torno do ecossistema Ubuntu, agora com as primeiras ferramentas à disposição para trabalhar no futuro do sistema.


O suporte para multitoque e interacção gestual nas próximas versões do Ubuntu será introduzido de forma gradual e obrigará ainda a muito trabalho, sublinha a Canonical, nomeadamente ao nível das interfaces de utilizador.


O principal alvo do esforço para levar o suporte multitoque para o Ubuntu dirige-se à versão do produto desenvolvida para netbooks, a Unity.