O mercado dos computadores voltou a sofrer uma queda nas vendas durante o segundo trimestre do ano, tendo recuado cerca de 11% a nível global. Na Europa, África e Médio Oriente (EMEA) o tombo foi ainda mais acentudado, tendo as vendas diminuído cerca de 22% para as 19,6 milhões de unidades.

Os computadores portáteis representam 12,4 milhões do total de equipamentos vendidos, número que em comparação com o segundo trimestre de 2012 representa uma queda de 26%. A venda de computadores desktop também desceu, cerca de 14,6%, para os 7,2 milhões de unidades.

Os valores são revelados pela IDC que justifica o número com o elevado stock que os retalhistas têm, a queda na procura pelas máquinas e o ambiente económico adverso para a aquisição de computadores.

"A evolução dos equipamentos e a alteração da perceção na computação móvel com a emergência de equipamentos 'sempre ligados e sempre conectados', o desenvolvimento das redes sociais e da infraestrutura Internet estão a alterar o comportamento dos consumidores e a afetar o modo como os PC são utilizados", escreve em nota de imprensa um dos analistas principais da IDC, Maciej Gornicki.

A empresa de análise refere ainda que a nova gama de computadores híbridos e convertíveis está a gerar interesse junto dos consumidores, mas que os preços altos destes equipamentos não ajudam a grandes níveis de comercialização.

A nível de fabricantes a liderança na EMEA pertence à HP por larga diferença relativamente ao segundo classificado, a Lenovo. É de relembrar que a nível mundial é a tecnológica chinesa quem detém o cetro de maior vendedora de PC. A Lenovo foi inclusive, como se pode ver pela tabela seguinte, a única fabricante a ter uma evolução positiva em comparação com 2012.

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Com o Windows 8.1 a ser preparado, a IDC acredita que a nova versão do sistema operativo da Microsoft não é motivo suficiente para fazer aumentar as vendas. Por outro lado, o fim de ciclo do Windows XP que está a aproximar-se vai a dada altura ter influência de forma positiva no aumento da procura de computadores pessoais.

O TeK já tinha dado conta dos resultados da Gartner para a EMEA, empresa de análise segundo a qual a venda de computadores pessoais caiu 16,8% em comparação com o segundo trimestre do ano passado.


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