Apesar da antecipação e de todos os rumores, as vendas iniciais do primeiro telemóvel da Google, o Nexus One, vieram confirmar o que já em Janeiro se antecipava, ficando muito abaixo dos resultados de lançamento obtidos pelo iPhone, da Apple, ou pelo Motorola Droid, por exemplo, revela um estudo da Flurry divulgado ontem.
De acordo com a análise, a Google vendeu cerca de 135 mil smartphones durante os primeiros 74 dias em que estes estiveram disponíveis no mercado, pouco mais de 10 por cento do milhão de iPhones vendidos pela Apple em igual período de tempo ou dos 1,05 milhões do Droid - com sistema operativo Android, da Google.
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Apesar disso, numa nota enviada por email, a Google afirmou estar satisfeita com o volume de vendas do Nexus One e com a forma como este tem sido recebido pelos consumidores, reporta a Reuters.
Os números apresentados pela Flurry, que se dedica ao estudo do mercado móvel, foram recolhidos a partir de um software de análise que foi descarregado para quase todos os telefones em análise, e mostram um começo pouco prometedor para os planos da Google de desempenhar um papel importante no negócio da venda de smartphones.
O período de 74 dias que se segue ao lançamento de um telemóvel é usado como referência pela empresa desde 2007. Na altura foi este o período de tempo que a Apple precisou para vender um milhão de unidades, quando começou a comercializar o iPhone. A contagem termina a 19 de Março, altura em que a empresa actualizará os dados.
O Nexus One, apresentado em Janeiro e desenvolvido em parceria com a HTC, marca o primeiro passo da gigante das pesquisas online na venda directa ao consumidor de um dispositivo com a sua marca. Até então a empresa marcava presença no meio com o sistema operativo de código aberto Android, usado em muitos dos equipamentos actualmente no mercado.
Pouco tempo após o lançamento do Nexus, a empresa manifestou intenção de desenvolver novos modelos, algo que já tinha deixado perceber logo durante o evento de apresentação do telefone, embora os números agora conhecidos pareçam contrariar grandes expectativas de vendas e reforcem a ideia de que a empresa terá outras cartas na "manga".
Aaron Kessler, analista da Kaufman Brothers ouvido pela agência noticiosa, diz ter partido do princípio que a empresa venderia mais de 135 mil unidades e que "claramente, a Google não está a gastar muito dinheiro com o marketing", o que, segundo explica, revela baixas expectativas da empresa a respeito deste modelo.
O especialista realçou ainda que a estratégia de crescimento da empresa no segmento móvel passa em grande medida por aumentar a base geral de dispositivos que utilizem o seu sistema operativo, cuja adopção cresceu para 7,1 por cento em Janeiro deste ano, face a 2,8 por cento em Outubro de 2009, segundo a comScore.
Segundo informação veiculada pela Google, actualmente os seus parceiros estão a fabricar cerca de 60 mil telefones baseados em Android por dia, quando há três meses atrás a média diária era de 30 mil.
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