As vendas de PCs aumentaram 16,6 por cento no segundo trimestre do ano, reflectindo as agressivas políticas de preços postas em prática pelos principais concorrentes do mercado. A região da Europa, Médio Oriente e África deu um contributo decisivo para as vendas globais do sector, registando um crescimento de 20 por cento, contra um crescimento das vendas de 11,7 por cento no mercado americano.



A IDC, que avança os números, garante que este é o maior crescimento do mercado desde o terceiro trimestre de 2000, ultrapassando as previsões da consultora que apontavam para um crescimento das vendas a rondar os 12,3 por cento.



Loren Loverde, director da IDC e um dos responsáveis pela realização do estudo, considera surpreendentes os crescimentos registados no trimestre, já que a consultora esperava um abrandamento e não um aumento da procura, mas explica que "a queda continuada de preços, o aumento da procura em novas regiões e em diferentes segmentos do mercado continuam a sustentar crescimentos".



O mesmo responsável explica que contribuíram positivamente para o crescimento global do mercado - que se traduziu na venda de 46,57 milhões de equipamentos - um aumento das vendas de PC desktop de baixo custo e de laptops mais modernos.



Por fabricantes, o trimestre fechou com a Dell a manter a liderança do mercado, que se traduz numa quota de 19,3 por cento, seguida da HP com 15,6 por cento. A Lenovo conta com uma quota de 7,6 por cento , seguida da Acer com 4,4 por cento e da Fujitsu Siemens com 3,7 por cento. De sublinhar que a Acer acumulou o maior crescimento do trimestre, entre os principais fabricantes, aumentando o seu volume de vendas em 62 por cento.



Os resultados da Gartner, divulgados também recentemente, dão conta de um crescimento mais modesto neste segundo trimestre do ano apontando para uma evolução de 14,8 por cento no volume de vendas registado, face ao ano anterior, uma diferença de resultados justificada com a utilização de diferentes métodos.



Ambas as consultoras estão no entanto de acordo quando dizem que na segunda metade do ano será difícil repetir uma taxa de crescimento tão positiva, mesmo que a competitividade de preços entre fabricantes se mantenha, já que é expectável uma redução da procura no mercado de substituição.



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