O crescimento da venda de PCs equipados com sistema operativo Linux pode não corresponder ao crescimento, na mesma medida, da utilização do sistema operativo, aponta um estudo divulgado pelo Gartner Group onde se considera que parte dos equipamentos com software open source são modificados pelos seus proprietários.



Segundo o estudo, a venda de versões pirateadas do sistema operativo Windows da Microsoft está a aumentar, sobretudo na Ásia e países de leste, onde podem ser encontradas por cerca de um dólar, pelo que uma percentagem significativa das vendas de PCs com sistema operativo Linux são transformados à posteriori para introduzir aquela versão Windows, refere o documento.



De acordo com o Gartner, esta percentagem pode rondar os 40 por cento do total de máquinas vendidas com Linux.



Números apurados pela consultora apontam para que este ano 5 por cento das vendas de PCs beneficiam o Linux, uma percentagem que aumenta tendo apenas em conta o mercado asiático, onde 10,5 por cento das vendas totais são Linux. Descontando as máquinas transformadas, o Gartner estima uma quota real de 1,3 por cento e prevê que em 2008 a quota prevista para o Linux de 7,5 por cento será na realidade de 2,6 por cento ponderado este efeito.



O documento explica o peso da pirataria com o factor preço, atribuindo-lhe um significado preponderante, ao que se associam os custos de formação inerentes ao Linux e as dificuldades de migração, cita a C|Net.



Por seu lado, os custos do sistema operativo da Microsoft são descritos como uma das poucas componentes do PC que não acompanhou a descida de preços generalizada dos últimos anos. Em 1996 o Windows pesava entre 5 a 6 por cento no custo total de um PC, hoje em dia esse peso mais que duplicou, situando-se entre os 12 e os 15 por cento, refere o mesmo documento.



De sublinhar que em Agosto a Microsoft apresentou um programa destinado aos países asiáticos e de leste da Europa que tem como objectivo diminuir a pirataria e facilitar o acesso ao PC e à informática.



Definido em coordenação com entidades governamentais, o programa prevê a colocação no mercado de uma versão do Windows XP simplificada e mais barata em mercados emergentes. Para já aderiram à iniciativa a Malásia, a Indonésia, a Tailândia e mais recentemente a Rússia e a Índia.



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