Desde terça-feira que começaram a surgir no YouTube vídeos relacionados com o massacre que esta semana teve lugar numa escola da Virgínia, pela mão de um dos seus alunos. No site de vídeos é possível ter acesso aos conteúdos recebidos pela NBC, enviados pelo próprio jovem e ao longo da semana a um leque cada vez mais diversificado de material relacionado com o assunto. Sejam testemunhos de jovens a dizer o que pensam para uma webcam, informação colocada por amigos das vítimas a prestar-lhes homenagem, ou até mesmo relatos de pedófilos que se comparam com o assassino para mostrar que "pelo menos não matam ninguém".
O vídeo mais visto, com mais de 215 mil visualizações na altura em que este texto foi redigido, é neste momento uma música de homenagem às vitimas do jovem asiático que na terça-feira decidiu vingar-se das alegadas ofensas dos colegas ao longo dos anos.
A curiosidade que o assunto tem despertado junto dos internautas é óbvia no YouTube, onde se tornou quase impossível não encontrar testemunhos de vídeo de qualquer situação da actualidade, nacional ou internacional, com alguma projecção mediática, mas não se esgota no serviço da Google.
Desde o dia do ataque já foram registados mais de 450 nomes de domínio relacionados com o massacre em Virgina Tech, de acordo com informação do SANS Institute. Para além de um nome de domínio oficial, criado pela própria escola para prestar homenagem às vítimas e recolher donativos, a grande maioria são considerados suspeitos e muitos estão sob vigilância.
O receio dos organismos que monitorizam os nomes de domínio é o de que a curiosidade dos internautas seja usada pelos hackers e pelos spammers para de forma dissimulada lançarem ataques ou instalar programas suspeitos nos seus PCs. A primeira tentativa deste género já foi aliás identificada pela Sophos e vem do Brasil.
A empresa de segurança reportou uma tentativa de ataque veiculada numa mensagem de email que se identifica com o assunto: Terror em Virgínia. Esta mensagem contém um link que aberto desencadeia a instalação de um ficheiro malicioso programado para recolher dados bancários dos utilizadores.
O facto de estar em língua portuguesa tem dado pouca repercussão ao ataque a nível internacional mas alerta para possíveis novas situações, consideram os peritos, que sublinham o surgimento cada vez mais insistente de tentativas de ataques informáticos que tiram partido de situações da actualidade para despertar a curiosidade dos utilizadores.
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