A quota de mercado do Windows 8 ao fim de seis meses de vendas é inferior a 4%, número que não pode ser considerado como positivo. O cenário não melhora depois de os analistas preverem que o mercado empresarial, outro segmento fundamental na estratégia da Microsoft, vai continuar a preferir o Windows 7 ao mais recente sistema operativo.

Uma investigação realizada pela empresa de análise Forrester a clientes empresariais do Windows durante o terceiro trimestre de 2012 revelou que as empresas ou vão migrar do Windows XP para o Windows 7, ou vão maioritariamente manter-se nesta versão do software.

Atualmente o Windows 7 está instalado em quase 50% dos computadores analisados, enquanto o XP tem uma quota de 38%. Daqui a alguns anos, quando a próxima versão do Windows for lançada, a Forrester estima que a quota do Windows 7 tenha crescido para os 60%, mais do dobro dos 26% de taxa de utilização que o Windows 8 deve ter.

Os dados são do analista David Johnson, responsável pelo relatório "As TI vão saltar o Windows 8 como o standard empresarial". "Tenho que acreditar que a Microsoft esperava uma melhor adoção empresarial do Windows 8", refere David Johnson citado pela Computer World.

As razões para o fracasso do Windows 8 junto de clientes empresariais estão no sucesso do Windows 7 - que criou uma imagem de fiabilidade e estabilidade - e no facto de o novo sistema operativo não trazer melhorias significativas em relação ao antecessor. O interface pensado para uma utilização touch e o processo de adaptação que pode implicar em alguns casos, levam várias empresas a manterem-se no Windows 7.

O próprio processo de migração de sistema operativo é considerado como "cansativo" e "dispendioso".


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