O Conselho Europeu de Investigação anunciou os 281 projetos que foram selecionados no concurso ERC Advanced Grant, que tem o objetivo de financiar investigadores/investigadoras de referência e com grande experiência nas suas áreas científicas.

Destaque para três projetos de investigadores que estão a desenvolver a investigação em Portugal, cujo financiamento ascende a 7,5 milhões de euros (2,5 milhões de euros por projeto). Portugal passa assim a acolher um total de 14 projetos do ERC, referentes às quatro edições dos concursos ERC Advanced Grant no âmbito do Horizonte Europa (2021), o programa-quadro de financiamento europeu de investigação e inovação para o período de 2021-2027.

Nas sete edições do programa anterior, o Horizonte 2020 (2014-2020), Portugal acolheu nove projetos, havendo assim um aumento no número de projetos de investigação financiados.

Na recente edição, os três projetos finalistas são:

  • Megan Carey, Fundação Champalimaud, com o projeto SCULPTABELLUM Sculping cerebellar activity across timescales”;
  • Miguel Ferreira, NOVA SBE, com o projeto FINANCEforALL, “Financial Education in the Workplace: Combining Experimental Evidence with Administrative Data”;
  • Mónica Sousa, I3S, com o projeto CORDheal, “The roadmap enabling spinal cord regeneration in mammals”.

Este será o terceiro projeto financiado para Mega Carey, tendo angariado em 2014 o Starting Grant e em 2019 o Consolidator Grant. Miguel Ferreira também é repetente, depois do anterior projeto financiado em 2012 Starting Grant. Mónica Sousa é a única estreante, mas com o nível mais avançado, tendo sido apoiada na preparação da candidatura pelo Annual College of Reviewers do recente programa da FCT, ERC-Portugal, em particular do seu programa-eixo, ERC-PT Pre-Assessment.

A investigação desenvolvida em instituições do SNCT atingirá a marca dos 117 milhões de euros em financiamento, através dos concursos do ERC, desde que se deu início do Horizonte Europa.

De salientar ainda dois projetos liderados por investigadores portugueses, mas a desenvolver a atividade no estrangeiro, tendo somado 5,1 milhões de euros.

  • Ana Domingos, Universidade de Oxford, com o projeto SympNetOSympathetic Neural Networks protecting against Obesity, que terá início após a conclusão do projeto ERC na tipologia Consolidator Grant, também no tema da obesidade.
  • Paulo de Assis, Instituto Orpheus, com o projeto PosthumanMusic, “Posthuman Music: Creative Practices after AI and Blockchain, tendo também já sido financiado anteriormente pelo ERC na tipologia ERC Starting Grant, num projeto que decorreu entre 2013 e 2018.