O Youtsu, consórcio formado pela JP Sá Couto e pela Prológica não esteve envolvido no processo de definição das especificações dos computadores Magalhães. A garantia foi dada por Luís Cabrita, administrador da parceria, em resposta à Comissão de Inquérito à Fundação para as Comunicações Móveis (FCM), esta terça-feira.

"Não tive rigorosamente nada a ver com o assunto", disse Luís Cabrita, que mais à frente acabou por especificar que não esteve envolvido, "nem como Prológica, nem como Youtsu" e que não teve qualquer conhecimento prévio das mesmas, refere a Lusa.

O responsável revelou ainda que as operadoras de telecomunicações TMN, Optimus, Vodafone e ZON devem à Youtsu, em conjunto, cerca de 17 milhões de euros dos computadores Magalhães.

Neste período de tempo, a empresa entregou 38.370 computadores Magalhães, num valor total de 86 milhões de euros.

Sobre os pagamentos referentes ao programa e-escolinha, no âmbito do qual são distribuídos os computadores Magalhães a alunos do primeiro ciclo, Luís Cabrita disse que a Optimus deve 1,3 milhões de euros, a Vodafone 3,8 milhões de euros, a TMN 11 milhões de euros e a ZON 260 mil euros.

Por cada computador que é pedido em nome das operadoras, a Youtsu faz a entrega e debita o valor às operadoras que só pagam quando recebem o valor através da FCM.

Já no programa e-escola, a Youtsu vendeu às operadoras de telecomunicações TMN, Vodafone e Optimus 320.209 computadores, no valor de 149,9 milhões de euros (valor sem IVA).

A Youtsu foi também a entidade que pagou toda a cerimónia de apresentação do portátil Magalhães a 30 de Julho, momento em que foram assinados os acordos com a Intel e a Microsoft."Fomos nós que suportamos os custos, nunca poderia ser de outra maneira, para demonstrar que estávamos cá, até para demonstrar isso aos fabricantes de produtos semelhantes ao nosso", esclareceu Luís Cabrita.

Jorge Couto, presidente do conselho de administração da JP Sá Couto, empresa responsável pela produção do Magalhães, é o senhor que se segue, já esta quarta-feira, nas audiências da Comissão de Inquérito à FCM.