O relatório The Counterfeiting Superhighway, efectuado pela Aliança Europeia para o Acesso a Medicamentos Seguros (EAASM), indica que 62 por cento dos fármacos comprados através da Internet são contrafeitos.
Da mesma forma, 95,6 por cento das farmácias virtuais consultadas operam de forma ilegal e 94 por cento das páginas em questão não identificam os farmacêuticos ou apresentam um comprovativo profissional.
O panorama torna-se ainda mais negativo quando se concluiu que, no total dos casos analisados - ilícitos ou não - , 90 por cento das farmácias online vendem medicamentos sujeitos a receita médica sem qualquer tipo de prescrição.
Neste contexto, apenas 38 por cento dos medicamentos adquiridos na Internet mostraram ser verdadeiros, mesmo com 16 por cento dos mesmos a serem importados de forma legal dos Estados Unidos. Já 33 por cento dos medicamentos legais foram vendidos sem receita o que, "para além de ser ilegal é potencialmente perigoso para a saúde dos consumidores", diz o relatório.
Entre os medicamentos à venda encontram-se os que são indicados para o tratamento de doenças cardiovasculares, respiratórias, psiquiátricas e outros. A variedade de medicação disponível online, a venda de produtos sem prescrição médica e a falta de controlo no que se refere à legalidade dos medicamentos são três factores que podem levar os consumidores a "tomar medicamentos que podem prejudicar a sua saúde e, em casos extremos, levá-los à morte", frisa Jim Thomson, presidente da EAASM.
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