O primeiro Prime Day aconteceu no dia 15 de julho e motivou fortes críticas. Os números mostram agora que a concorrência tinha mesmo motivos para se preocupar com a estratégia da Amazon para recrutar novos clientes para o seu serviço de subscrição.

Os dados oficiais foram divulgados e mostram que durante a campanha a empresa reuniu 34,4 milhões de produtos encomendados, a um ritmo de 398 encomendados a cada segundo.

Os números bateram os registados na Black Friday, uma data com tradição nos Estados Unidos, onde todos os retalhistas promovem grandes descontos para assinalar a "abertura" oficial do período de compras natalícias.

Bater os números alcançados na Black Friday nesta primeira edição do Prime Day é assinalável porque a participação estava condicionada à adesão a um serviço de subscrição que tem uma anuidade de 99 dólares, mas também porque o Prime Day só estava disponível para um conjunto selecionado de países.

A Amazon tem mantido uma política comercial de marketing muito agressiva com o serviço Amazon Prime, na expectativa de converter compradores pontuais em clientes fidelizados. Em troca dá-lhes acesso a conteúdos gratuitos de música e vídeo, entregas gratuitas num período máximo de 48 horas e acesso a um serviço de entregas na hora, para um conjunto de produtos selecionados onde se incluem bens de mercearia, por exemplo.

O Prime Day foi mais uma tentativa de chamar gente para dentro do serviço e valeu à companhia um aumento de 266% nas encomendas recebidas a nível global, face ao mesmo dia do ano passado. Face à última Black Friday o volume de encomendas foi superior em 18%, mesmo com um número considerável de queixas nas redes sociais afirmando que as promoções ficavam aquém do esperado e que as melhores pechinchas esgotavam num ápice.