A Amazon continua a ter problemas relativos a problemas de produtos causados por parceiros, colocados à venda no seu Marketplace no próprio portal principal. Em muitas situações é a empresa liderada por Jeff Bezos a lidar com a logística dos stocks, a processar as vendas e a enviar para os seus clientes.

Numa ação judicial colocada à empresa em São Francisco, a Amazon é mesmo acusada de ser responsável pelos danos físicos causados à utilizadora Angela Bolger. Esta refere que uma bateria comprada para um portátil a uma dessas empresas parceiras da Amazon explodiu, causando-lhe queimaduras nos braços, pernas e pés, refere a Gizmodo.

A utilizadora responsabilizou a Amazon por distribuir os produtos defeituosos em questão, mas o tribunal superior de São Diego deu razão à empresa, referindo que esta serviu como provedora de um serviço na cadeia de vendas, não sendo responsável pelo estado dos mesmos.

Mas o caso não ficou por aqui. Um apelo ao tribunal na Califórnia condenou a Amazon de ser responsável pelo produto no seu website estar defeituoso. Neste caso, a argumentação da oficial de justiça Patricia Guerrero centrou-se no facto da Amazon ter tido um papel direto em todas as partes do negócio, sendo mais que um provedor de serviços, mas por ser o intermediário na ligação da empresa ao respetivo cliente.

Nas suas palavras, a Amazon aceitou o produto da Lenoge, a empresa em questão, colocou-a no seu armazém, atraiu a cliente ao seu website, providenciou o produto na sua lista de oferta, recebeu o seu pagamento, e enviou diretamente o produto num pacote identificado com os selos da Amazon para a utilizadora.

Acrescenta que é a Amazon que coloca os termos de relação com os seus parceiros, neste caso a Lenoge, controlou as condições de oferta dessa empresa para as vendas na sua plataforma, limitando ainda o acesso dos dados dos seus clientes. Para comunicar com a cliente, a Lenoge teria de o fazer através da Amazon. Defende que independentemente do que a Amazon alega ser um agente de retalho, distribuidor ou simplesmente um facilitador, a empresa é o pivot na ligação entre o produto e o consumidor.

As leis são diferentes entre cada estado americano e a Amazon tem problemas semelhantes em outros estados, incluindo o Minnesota e a Pensilvânia, refere a CNBC.