No total são 1.325 as aplicações que não respeitam as autorizações concedidas por quem as utiliza, num universo de 88 mil apps analisadas na Play Store. Verificou-se que conseguiam contornar as limitações impostas pelo utilizador, recolhendo dados de localização de fotos e informação pessoal de ligações a redes Wi-Fi.
A pesquisa identificou ainda outras formas de recolher dados que deveriam ficar em privado, tirando partido de permissões concedidas a aplicações relacionadas. Em mais de uma centena de apps verificou-se o acesso não autorizado a ficheiros não protegidos em cartões de memória SD. A técnica será usada por algumas aplicações de browsers e pela app Samsung Health, instaladas mais de 500 milhões de vezes em smartphones e tablets espalhados pelo mundo.
O estudo foi conduzido por investigadores do International Computer Science Institute nos Estados Unidos e foi apresentado já à Federal Trade Commission PrivacyCon. Em agosto volta a ser apresentado noutra conferência nos Estados Unidos e depois disso será divulgado publicamente, dando acesso ao nome de todas as apps que contornam as permissões dos utilizadores, avança a News.com.
Na primeira apresentação pública do trabalho, Serge Egelman, um dos responsáveis pela pesquisa admitiu que “os consumidores têm pouquíssimas ferramentas e meios à disposição para controlar a sua privacidade e tomar decisões sobre isso”, relata a News.com.
Na sequência da descoberta, a Google foi contactada pelo instituto para comentar as conclusões. A empresa garante que está a resolver o problema, mas também admite que a solução só chegará com o lançamento do Android Q, no decorrer deste ano. A solução passa por esconder das aplicações a informação sobre localização que está associada a fotografias e obrigar todas as apps que acedem à ligação Wi-Fi dos utilizadores a pedir permissão para isso.
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