A Apple e a EMI acabam de anunciar numa conferência de imprensa, em Londres, um acordo para a distribuição de músicas do catálogo da empresa discográfica através do iTunes sem utilização do sistema de gestão de direito de autor que provocava problemas de incompatibilidade entre leitores de música digital. O acordo surge na sequência da carta aberta de Steve Jobs às editoras que pedia que fosse abandonado o uso da tecnologia de DRM que dificultava a leitura das músicas em diferentes dispositivos digitais.
Quase todo o catálogo da EMI vai estar disponível se o sistema de protecção de cópia, incluindo as músicas dos Rolling Stones, Norah Jones e Coldplay, entre outros. De fora ficam apenas os títulos dos Beatles, representados pela EMI desde os anos sessenta e que até agora não foram colocados online em nenhum serviço de música legal.
Nos termos do acordo agora anunciado, as faixas de música do catálogo da EMI sem DRM serão pagos a um preço 30 cêntimos acima dos mesmos ficheiros protegidos. Os downloads destes ficheiros vão custar 1,29 dólares quando as versões protegidas custam 99 cêntimos. Os clientes do iTunes que já tiverem adquirido singles ou álbuns da EMI podem fazer o upgrade da sua biblioteca musica pagando 30 cêntimos adicionais por cada faixa.
A Apple garante que as músicas agora disponibilizadas sem protecção de cópia têm uma qualidade superior, usando codificação AAC de 256 kbps. O iTunes vai porém manter as duas opções, com as versões sem DRM e com DRM (que usam a codificação AAC de 128 kbps)
"Estamos a dar aos clientes do iTunes a possibilidade de escolherem: as versões actuais das músicas pelo mesmo preço de 99 cêntimos ou as novas versões livres de DRM com ainda melhor qualidade de áudio por apenas mais 30 cêntimos", explica Steve Jobs, CEO da Apple, em comunicado. A expectativa do fundador da empresa aponta para a possibilidade de ter mais de metade das músicas do iTunes sem protecção de DRM até final do ano.
A iniciativa de abandonar o sistema de gestão de direito de autor (DRM) nas músicas vendidas no iTunes foi despoletada por Steve Jobs que, após as crescentes críticas sobre as limitações dos ficheiros comprados na loja online, lançou um repto às editoras para abandonarem este sistema.
O CEO da Apple responsabilizou mesmo as editoras pela incompatibilidade das músicas do itunes com outros leitores digitais, defendendo ainda que o mercado de música online poderá crescer muito mais se não forem usados sistemas de DRM.
O acordo com a EMI é o primeiro que resulta desta nova postura da Apple e Steve Jobs não adiantou nesta conferência se estão para breve outros contratos semelhantes, embora se tenha mostrado optimista quanto à possibilidade de ultrapassar os 2,5 milhões de títulos livres de DRM até final do ano.
Recorde-se que no início deste ano a FNAC e a Virgin tinham retirado a protecção de 350 mil músicas vendidas online, uma medida que tinha como principal objectivo dinamizar as vendas.
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