A Apple anunciou hoje a renovação da sua linha de portáteis MacBook para a nova geração de processadores Ivy Bridge, da Intel. A principal novidade é um portátil que a empresa descreve como o mais fino e leve MacBook Pro de sempre e o notebook com mais resolução de todo o mercado. Este novo MacBook Pro ganha um ecrã retina, a mesma tecnologia que equipa os ecrãs do iPhone e do iPad.



Com 1,8 centímetros de espessura, 2,02 quilos, 15,4 polegadas de ecrã e imagem de alta resolução, o equipamento integra 220 pixeis por polegada, o que se traduz numa resolução de 2.880 por 1.800 pixeis.



Assegura sete horas de autonomia, memória flash até 768 GB, câmara HD e o serviço de videochamada da Apple, o FaceTime. O processador é um quad core i7 até 2,7 GHz, até 16 GB de RAM, com preços a partir de 2.349 euros (para uma memória flash de 256 GB e 8GB de RAM). Integra portas USB (3.0 e 2.0), SD e HDMI.

[caption]Nome da imagem[/caption]

Ao nível do software o equipamento vem com o sistema operativo Lion OS X que foi atualizado, tal como o Safari, o iMovie, o iPhoto e outras aplicações, para tirarem partido do ecrã retina do novo dispositivo.


Há também já parceiros a fazer o mesmo, como a Autodesk, que está a trabalhar numa nova versão do Autocad, adaptada ao ecrã retina.



No universo dos MacBook Pro foram anunciados mais upgrades para os modelos de 13 (a partir de 2,5 GHz dual core) e de 15 polegadas (a partir de 2,3 GHz quad core), que também introduzem os Ivy Bridge. Nenhuma das linhas integra o ecrã retina. Preços a partir de 1.299 euros.


[caption]Nome da imagem[/caption]

Os MacBook Air também foram atualizados para a nova geração de processadores da Intel. A linha atualizada conta com processadores dual core até 2 GHz, com 8 GB de memória e gráficos até 60% mais rápidos (a mesma melhoria estimada para os novos Pro). FaceTime HD e entradas USB 3.0 e 2.0 também estão garantidas. Preços a partir de 1099 euros.



Os novos modelos estão à venda a partir de hoje.



Ao nível do software a Apple atualizou os seus dois sistemas operativos, o Mac, que entra na geração Mountain Lion e o iOS, que chega à versão 6. Ambos recebem mais de 200 novidades com as respetivas atualizações.



No universo Mac a Apple aproveitou para destacar que o número de utilizadores do sistema operativo triplicou em cerca de cinco anos, para os 66 milhões. O Lion foi a primeira versão do SO vendida exclusivamente na loja de aplicações e foi também a mais vendida de sempre (26 milhões de unidades), sendo que 40% dos utilizadores do sistema operativo estão hoje na geração mais recente do produto. O Mountain Lion fica disponível para download no próximo mês. A atualização - que vai integrar o Game Center, até agora só disponível no iOS - vai custar 19,99 dólares.



No iOS, que já equipa 365 milhões de equipamentos, a Apple tem hoje mais de 80% dos clientes na versão 5. Garante que a nova é ainda melhor e uma das mais espectaculares de sempre.



Uma das novidades interessantes do iOS6 passa pelas melhorias ao Siri, o assistente de navegação no equipamento. Está mais eficaz e melhorou a cultura geral, assegura a Apple. Já fala outras línguas (onde o português não se inclui), aprendeu sobre desporto e cinema, por exemplo.



Ainda no que se refere ao Siri, a Apple anunciou que está a trabalhar com vários fabricantes para integrar o equipamento no sistema de condução: BMW, Jaguar; Mercedes e Honda comprometeram-se a ter disponível essa integração num prazo de 12 meses. Esta integração significa disponibilizar um comando no volante que permita ativar o Siri sem tirar os olhos da estrada ou ter de mexer no iPhone.



Na área dos mapas as novidades da nova versão do sistema operativo também são importantes. A aplicação Maps inclui suporte para imagens 3D, que dão uma vista mais real às indicações de trânsito fornecidas pela aplicação, que não é mais que um sistema de navegação que vai fornecendo coordenadas ponto a ponto e dá também dá informações como a existência de obstáculos no percurso (acidentes, por exemplo).



Outra novidade do iOS6 - que chega aos consumidores no próximo outono - é que passa a permitir que o FaceTime, a aplicação de videochamada da Apple, funcione a partir da rede móvel e não apenas da rede Wi-Fi como acontecia até aqui.



A integração com o Facebook é outra aposta da fabricante, que trabalhou com a rede social para garantir alguns fatores de diferenciação na forma como conseguirá fazê-lo. Usando o Siri, passa a ser possível atualizar o estado do Facebook no iPhone ou no iPad.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico




Cristina A. Ferreira