O Sapo é a marca portuguesa que os utilizadores nacionais mais vezes mencionam no Twitter (5,3%), ultrapassando empresas como a Google (4,1%), revela o barómetro da E.Life, que analisou 30.418 tweets, entre 1 e 25 de Março. Mas o mais referido é o próprio Twitter, referido em 11,7 por cento das citações.

De acordo com o Tweetmeter, os portugueses publicam mais de 1.200 mensagens a cada 24 horas, nas quais referem em média 185 marcas diferentes, sendo que as 10 mais "faladas" contam com pelo menos 30 menções por dia - com algumas empresas portuguesas a beneficiarem do "estatuto".

Sapo, TAP, Sic, Optimus e RTP são os exemplos mais bem sucedidos entre as marcas nacionais - com as televisões e empresas baseadas na Internet a ocuparem 47 por cento das atenções dos portugueses, que falam essencialmente de tecnologia e telecomunicações, segundo explicou ao Público fonte da empresa responsável pelo estudo.

Na tabela global, antes das portuguesas surgem ainda, para além do Twitter, o YouTube e o Facebook. No universo de marcas nacionais lidera o Sapo, mesmo antes de nomes internacionais como a Google.

À data da última análise, divulgada em Outubro de 2009 pelo Diário Económico, a liderança da tabela pertencia já ao Twitter, seguido do Facebook, Sic, Sapo, RTP, Google, iPhone, TVI, TMN e o YouTube - que passa da última posição da tabela para o segundo lugar este ano.

Em Março, predominaram "os comentários sobre canais, programas ou a replicação de notícias veiculadas" pelas televisões, disse ao Público Jairson Vitorino, da E.Life, acrescentando que os portugueses no Twitter são formadores de opinião e usam a rede para falar, sobretudo, das empresas da Internet, que dão origem a comentários a grande velocidade.

A mesma fonte avança que a referência à TAP - à semelhança do que acontece com outras companhias internacionais - surge quando se trocam informações sobre promoções de voos, que os utilizadores julgam que podem ser úteis à comunidade.

Os responsáveis esclareceram ainda que na contagem de citações envolvendo a Sic e a RTP não foram tidas em conta as publicações dos próprios canais, mas apenas referências de particulares que partilham as notícias com os seus seguidores.

Foi ainda realçada a ausência da referência a marcas de "bebidas, sapatos, roupa, cadeias de fast food ou alimentação", que parecem ficar de fora da lista de interesses dos membros portugueses da rede social. Já nos sectores da beleza e cosmética, operadores móveis e marcas de luxo foi notado um reforço das citações.