Luisa Geifão era já diretora do DNS.pt, que integrava a FCCN que agora foi extinta por integração na FCT, e vai agora liderar a nova estrutura que foi criada como uma associação privada sem fins lucrativos.

"Estou efetivamente a liderar este projeto novo que acredito servirá da melhor forma os interesses de todos os que compõem a Comunidade Internet Portuguesa e em especial o .PT", adiantou ao TeK, admitindo que esta é uma oportunidade de criar "um modelo institucional adaptado à gestão de um Domínio de Topo à semelhança do que acontece na maior parte dos países e dar um passo no sentido de sermos cada vez melhores".

Tal como já tinha sido adiantado pelo TeK, a Associação DNS.PT deverá estar em funções até junho e terá um modelo de responsabilidade colaborativa entre os associados. Luisa Geifão confirma que estes serão "o estado português como garante do Domínio de Topo de Portugal, via FCT, IP, a ACEPI, porquanto representativa dos Registrars e operadores na área e a DECO, representativa dos Consumidores".

A associação vai ainda contar com um "Conselho Consultivo alargado nas várias vertentes desta comunidade e representativas dos autores, da cultura, das marcas, das empresas, ordens profissionais, segurança, etc", refere ainda a responsável pela nova estrutura.

Embora ainda não esteja definido o plano de atividades, que terá de ser aprovado por todos os associados, este terá "uma vertente importante na área da Dinamização da Internet e Comunicação para se atingir um maior número de domínios em .PT, aproximando esse número da média dos países da Europa".

Questionada quanto à possibilidade desta nova dinâmica permitir a redução dos preços dos domínios, Luisa Geifão afirma que se houver margem essa redução será feita, mas defende que o valor dos nomes de domínio em .PT já é "um valor abaixo da média europeia, cerca de 15,00 a 18,00 euros, ano".

"Estou convicta que o valor dos registos não é um entrave à sua procura e que o preço não é determinante na escolha do consumidor final", adianta ainda ao TeK.

A responsável pelo DNS.PT assegura que o sistema de manutenção da infraestrutura e os níveis de segurança, estabilidade e fiabilidade atuais se vão manter, não se prevendo alterações, e que não haverá também mudanças nos protocolos já firmados com os Registars, agentes de registo, mantendo as parcerias existentes para a dinamização da Internet e dos nomes de domínios em .pt.

Este ano a hierarquia de domínios portuguesa assinala os 25 anos da delegação internacional realizada pela IANA e em jeito de balanço Luisa Geifão lembra que em Portugal há mais de 550 mil domínios registados e que estamos na linha da frente da capacidade de implementação das melhores práticas nesta área com a automatização total dos registos, Certificação ISO9001, a implementação do IPV6 desde 2004, IDNs desde 2006, DNSSEC desde 2010. A recente liberalização das regras de registo de .PT e a participação na criação de um Centro de Arbitragem são também apontadas como exemplo desta evolução.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador