Ao longo do ano passado a rede informática da Administração Fiscal foi alvo de 2.278 ataques informáticos vindos do exterior. O número representa um aumento de 72,4 por cento face ao ano anterior e não contempla “tentativas de pesquisa da rede e outras actividades similares, as quais são em grande número mas com um grau de perigosidade mais reduzido.
Segundo a edição de hoje do Correio da Manhã, que cita dos dados constantes do relatório anual da Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA), o elevado número de ataques levou mesmo a DGITA a efectuar duas análises de risco só no ano passado, em Janeiro e Novembro.
No documento explica-se também que para garantir a segurança dos dados geridos pelo fisco são feitas actualizações diárias ao software de segurança.
Recorde-se que a maioria dos serviços do fisco estão disponíveis online. Alguns deles, aliás, apenas online, o que torna muito elevados os índices de utilização. Entre empresas e particulares o site das Declarações Electrónicas conta actualmente com perto de 7,3 milhões de utilizadores registados.
Em Portugal, como no resto do mundo, as ameaças à segurança de cada país, chegadas pela Internet tem-se tornado mais graves e mais sofisticadas levando os Estados a concentrar cada vez mais atenção e recursos no combate ao fenómeno.
Ainda no final da semana passada, Barak Obama, presidente dos Estados Unidos, anunciou a reorganização da defesa americana ao fenómeno com a criação de um novo departamento de combate às ciberameças, que responde directamente ao Conselho de Segurança do país.
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