Entre cada 10 hackers activos no mundo, oito são brasileiros, ao mesmo tempo que cerca de dois terços das páginas Web de conteúdos pedófilos estão alojadas no Brasil. Os dados foram apresentados pela Polícia Federal na 1ª Conferência Internacional de Perícias em Crimes Cibernéticos, que reuniu 500 especialistas de mais de 20 países, na cidade de Brasília, com o objectivo de incentivar a pesquisa e o desenvolvimento científicos para a produção de novas e avançadas técnicas de investigação e repressão contra o cibercrime.



Actualmente as actividades de hacking não constituem por si só crime no Brasil, já que para condenar alguém a polícia federal tem de provar roubo ou fraude. As leis aplicáveis ao cibercrime estão contudo a ser revistas naquele país da América do Sul.



Durante a conferência, as autoridades policiais brasileiras revelaram igualmente que os prejuízos financeiros originados pelo crimes que se servem da Internet e das novas tecnologias de comunicação já ultrapassaram os provocados pelos assaltos físicos a bancos.



A imprensa internacional está contudo a aconselhar calma na análise dos valores apresentados pelas autoridades brasileiras, já que os mesmos diferem dos dados que costumam circular no mercado. Há maior probabilidade de se encontrar um país da Europa de Leste ou a Indonésia como fonte de um ataque de hacking do que o Brasil, por exemplo.



Neste momento muitos analistas apontam o sub-continente indiano como a área de maior crescimento mundial para o cibercrime e não se pode esquecer o papel representado pelos Estados Unidos nas redes internacionais de pedofilia.

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