Os ataques são recentes e tiram partido do WhatsApp e de mensagens familiares para conseguir extorquir dinheiro. As burlas ficaram conhecidas como “olá mãe ou olá pai” por ser este um início de conversa que levava a partilha de informação.

A Polícia Judiciária acaba de confirma que, através do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, identificou e deteve um cidadão estrangeiro, com 25 anos de idade, como presumível autor deste tipo de burlas.

Foram seguidos os rastos de informação da utilização de uma conta bancária, na qual estavam a ser depositados valores oriundos de burlas, que terão vitimado um número ainda não apurado de pessoas.

"Reforçando os alertas já emitidos e verificando-se um número crescente de denúncias por aquele tipo de burla, a Polícia Judiciária alerta os cidadãos para, em momento algum, satisfazerem pedidos via whatsapp ou outras plataformas de comunicação similares, sem confirmação prévia dos familiares, em nome de quem são feitas as solicitações, de transferências de dinheiro", refere o comunicado.

A PSP e a GNR já tinham dado conta destas burlas, por WhatsApp e MB Way, alertando também os utilizadores para não acederem aos pedidos.

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Habitualmente os burlões fazem-se passar por filhos dos contactados, enviando mensagem de números desconhecidos e alegando que perderam os telemóveis e que precisam que lhes seja enviado dinheiro por MB Way.

Entre as mensagens identificadas estão o "Olá Mãe. Perdi o telefone e estou a usar temporariamente este número"  ou "Olá Pai. Este é o meu novo número. O outro fica só para o trabalho, ok?", na sequência das quais começam a pedir transferências de dinheiro.

As autoridades avisam que é preciso confirmar a veracidade do contacto através de uma chamada telefónica, por exemplo, antes de enviaram dinheiro, e pediam que os portugueses que foram alvo destas burlas, ou de tentativa de burla, as denunciem.

O esquema não é novo e já tinha sido identificado no Reino Unido no ano passado, com o mesmo tipo de operação onde as vítimas são escolhidas de forma aleatória. Os dados partilhados indicam que no Reino Unido as vítimas terão perdido mais de 1,7 milhões de euros.