Em declarações à agência Lusa, o presidente desta autarquia do litoral alentejano, eleito pelo PS, explicou que o ataque afetou “todo o sistema digital da câmara municipal, todas as unidades orgânicas e todos os serviços municipais”.

“Foi, de facto, um ataque violentíssimo e a câmara municipal continua a ter uma ação condicionada”, disse.

Segundo o autarca, “a primeira semana foi de recuperação de tudo o que são sistemas internos da câmara municipal, nomeadamente servidores e base de dados e informações”.

Hélder Guerreiro estimou ser previsível que, “dentro de uma ou duas semanas, estejam normalizados os processos de relação [da autarquia] com as pessoas”.

“A nossa primeira vontade é normalizar o atendimento às pessoas e dar resposta aos cidadãos”, afiançou, acrescentando que será também necessário “recuperar algumas coisas que foram perdidas e reconstruir processos”.

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O ataque informático à Câmara de Odemira foi registado a 25 de março, comprometendo o normal funcionamento dos serviços municipais. O caso foi “prontamente” comunicado ao Centro Nacional de Cibersegurança e à Polícia Judiciária, que está a investigar o sucedido.

Hélder Guerreiro revelou à Lusa que, “como em casos semelhantes, os autores do ataque deixaram uma pista, para que pudesse ser seguida e, eventualmente, chegar-se a uma proposta de resgate”.

“Mas, em conjunto com as forças de segurança, optámos por não fazer esse seguimento, porque a experiência de outros casos diz-nos que isso é infrutífero. Temos é de trabalhar para colocar tudo online outra vez”, argumentou.