O TikTok tem estado “sob fogo” nos Estados Unidos, com a apresentação de uma proposta que pode dar à Administração Biden o poder de banir a aplicação, e com outros países a tomarem medidas para restringir o uso da aplicação nos equipamentos do governo.
Esta quinta-feira, dia 23 de março, Shou Zi Chew, CEO do TikTok, vai ser ouvido no Congresso dos Estados Unidos e o responsável surge agora num novo vídeo para alertar os utilizadores norte-americanos sobre o que se poderá passar com a rede social no país.
No vídeo, partilhado através do TikTok, Shou Zi Chew começa por explicar que a rede social conta agora com mais de 150 milhões de utilizadores ativos mensais nos Estados Unidos. De acordo com os dados partilhados pelo responsável, 5 milhões de empresas norte-americanas usam o TikTok, sendo a maioria pequenas e médias empresas.
O marco atingido pela rede social chega num “momento crucial” para o TikTok, afirma Shou Zi Chew, fazendo referência à recente discussão política acerca da proibição da rede social nos Estados Unidos. O responsável salienta ainda que, durante a audiência no Congresso, falará sobre o que a empresa está a fazer para proteger os utilizadores do país.
No início de março, foi apresentada uma proposta de lei, que toma o nome RESTRIC Act (Restricting the Emergence of Security Threats that Risk Information and Communications Technology Act) que pode dar ao Governo de Joe Biden o poder para bloquear tecnologias desenvolvidas fora dos Estados Unidos e que ameacem a segurança dos cidadãos do país.
Recorde-se que a rede social foi proibida de ser instalada em equipamentos do Governo e agências federais nos Estados Unidos.
Recentemente, depois de uma reportagem do Wall Street Journal ter apontado que o Comité de Investimento Estrangeiro dos Estados Unidos ameaçou banir a aplicação se esta continuar nas mãos do grupo chinês ByteDance, o TikTok afirmou que o desinvestimento na rede social não ajudaria à segurança nacional do país.
TikTok atualiza políticas para reforçar a segurança
Ainda hoje, o TikTok anunciou que atualizou os seus Princípios Comunitários para reforçar a segurança da comunidade reunida pela rede social, com as novas medidas a entrarem em vigor no próximo dia 21 de abril.
Em comunicado, a empresa começa por explicar que, nos próximos meses, os seus moderadores de conteúdos vão receber informação adicional de modo a que as regras sejam aplicadas de modo eficaz.
A empresa definiu quatro pilares na abordagem à moderação que passam pela remoção de conteúdo violento; pela restrição do conteúdo com limite de idad; por tornar inelegível para recomendação no feed “For You” todo o conteúdo que não seja apropriado para um público alargado; e por dotar a comunidade de ferramentas e recursos para um maior controlo da sua experiência.
O TikTok afirma que contactou “mais de 100 organizações em todo o mundo e membros da comunidade com o objetivo de reforçar a resposta a potenciais ameaças e danos”.
Entre as alterações realizadas nos Princípios Comunitários incluem-se novas regras para a forma como os produtores de conteúdo que utilizam Inteligência Artificial são tratados, novas medidas de proteção contra discurso de ódio e de proteção da integridade cívica e eleitoral.
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