Os registos de óbito em Portugal passarão a ser feitos exclusivamente online, numa alteração destinada a tornar mais rápido e permanente o acompanhamento dos óbitos, que deverá entrar em vigor já em setembro.

A informação foi avançada ontem pelo diretor-geral da Saúde, que explicou que o sistema atual conta com mais de um século de existência e "não permite analisar de forma precisa" aqueles fenómenos.

O registo em papel das certidões de óbito será substituído pelo recurso a uma plataforma na Internet. "Isto vai permitir acompanhar a evolução no plano quantitativo e das causas de morte com grande rigor e de uma forma permanente", disse Francisco George à Lusa.

O novo sistema, caracterizado pelo responsável como "muito inovador", já foi aprovado na Assembleia da República e tem entrada em vigor agendada para setembro, acrescentou.

De acordo com Francisco George, o novo método vai permitir passar das estatísticas a um acompanhamento permanente do fenómeno da mortalidade, numa altura em que os números referentes ao fenómeno têm feito manchetes de jornais devido a um crescimento acentuado no último mês.

A passagem para um modelo digital, baseado na Web, do tratamento destes dados reflete também uma tendência para informatização e suporte online que se vem observando nos últimos anos em vários setores dos serviços do Estado.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes