A China levantou esta sexta-feira a censura imposta a alguns sites, permitindo que os meios de comunicação a trabalhar a partir do centro de imprensa olímpico tivessem acesso a algumas páginas de Internet, como a da Amnistia Internacional, anteriormente bloqueada.




Jornalistas estrangeiros presentes no centro de imprensa olímpico confirmaram que os sites da organização internacional Repórteres Sem Fronteiras e da televisão alemã Deutsche Welle também estavam disponíveis.




Apesar do desbloqueio, muitas outras páginas permanecem censuradas, nomeadamente as relacionadas com dissidentes chineses, com o movimento espiritual Falungong, e ainda os sites com informação referente ao governo tibetano no exílio e dados relacionados com o massacre de Tiananmen em 1989.




A decisão de levantar algumas restrições no acesso à Internet surge após uma semana de controvérsia por Pequim ter quebrado a promessa de permitir acesso total à rede por parte dos meios de comunicação que fazem a cobertura dos Jogos Olímpicos.




O comportamento do governo chinês envergonhou o Comité Olímpico Internacional (COI), depois do Presidente Jacques Rogge ter prometido no mês passado que os jornalistas não teriam restrições no acesso à Internet.




O COI afirmou ter pressionado Pequim para levantar a censura em conversações realizadas na quinta-feira entre a Comissão Organizadora dos Jogos (BOCOG, na sigla em inglês) e as autoridades chinesas.




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